Os melhores filmes e séries de 2022

Oi pessoal, tudo bem?

Uma das coisas que mais gosto no final do ano é olhar pra trás e ver todas as coisas bacanas que rolaram, sejam elas livros ou produções audiovisuais. Por isso, não resisti a trazer uma retrospectiva de melhores filmes e séries também. 🥰 Tive que ser bem criteriosa pra lista não ficar tão longa, o que acabou deixando alguns títulos bacanas de fora, mas espero que gostem das indicações dos meus favoritos do ano.

Os melhores filmes de 2022

Batman

É impressionante como a DC acerta bem mais ao fazer filmes isolados de seus super-heróis, e aqui temos mais um exemplo que funcionou demais. Adorei a versão do Robert Pattinson do Batman e sua química com Zöe Kravitz como Mulher-Gato. O filme é focado no lado investigativo do Homem-Morcego, o que também me agrada bastante. Saí do cinema super satisfeita com o que vi e adoraria que viessem mais histórias do personagem sendo interpretadas por Pattinson. Resenha completa aqui.

A Mulher Rei

Esse filme exala força feminina, ancestralidade e negritude. É muito impactante ver o exército de elite formado apenas por mulheres guerreando, treinando e triunfando perante os inimigos – sejam eles outras tribos africanas ou os colonizadores europeus. Apesar de um ou outro clichê, o mais bonito do filme é a postura de Nanisca, personagem de Viola Davis, que relembra seu rei de que escravizar seu próprio povo (os negros, independente de que tribos sejam) e vendê-los aos brancos é assinar a própria ruína. Ela é uma personagem inspiradora e de visão, e o magnetismo de Viola Davis faz com que não seja possível desgrudarmos os olhos da tela. Resenha completa aqui.

Nada de Novo no Front

Esse filme, lançado no fim do ano, não poderia estar de fora dessa lista. Além de adaptar uma obra-prima literária (com algumas diferenças significativas, sim, mas com a essência respeitada), é um longa necessário para enxergarmos e refletirmos sobre os efeitos devastadores da guerra. Nada de Novo no Front mostra o brilho nos olhos do jovens alemães que buscavam glória e heroísmo desaparecendo conforme eles percebem que foram enviados para as trincheiras para lutar uma luta que não é sua, enquanto os verdadeiros responsáveis estão protegidos. Mesmo que você não curta filmes de guerra (como também é o meu caso), recomendo demais que você dê o play. Resenha completa aqui.

As melhores séries de 2022

Dahmer: Um Canibal Americano

Acho que essa dispensa apresentações, tendo se tornado uma das séries mais assistidas da Netflix. Apesar das controvérsias, Dahmer traz temas importantes como o racismo, a homofobia e a negligência policial como grandes responsáveis (ou, no mínimo, agravantes) pelo alto número de vítimas do serial killer conhecido como Canibal de Milwaukee. Além disso, as atuações primorosas de Evan Peters e Niecy Nash merecem destaque: ele por conseguir transmitir perfeitamente a frieza do assassino, ela por mostrar toda a dor de quem não foi ouvida enquanto tentava denunciá-lo, sabendo que coisas horríveis estavam acontecendo. É uma série forte, mas da qual gostei muito. Resenha completa aqui.

The Sandman

Mesmo sem ler as HQs, mergulhei de cabeça no mundo de fantasia de The Sandman. A história de Morpheus, o Perpétuo que é Mestre do Sonhar e está em busca de seus artefatos mágicos após ficar preso por séculos é muito instigante, e a atuação Tom Sturridge é incrível. Além disso, as paisagens e os efeitos especiais são deslumbrantes, tornando a experiência super imersiva. Vale a pena conferir. Resenha completa aqui.

Heartstopper

Pensaram que a minha queridinha ia ficar de fora? Precisávamos de mais um romance fofo nessa lista! ❤ Heartstopper adapta a HQ com perfeição, me causando o mesmo quentinho no coração e sorriso bobo no rosto. Amei o elenco escolhido e a forma de conduzir a história, que respeitou o material original mesmo trazendo novos elementos e personagens para a adaptação. A química entre o casal protagonista também é tudo, e eu mal posso esperar pra conferir a segunda temporada. 🥰 Resenha completa aqui.

Agora quero saber quais foram os filmes e séries favoritos de vocês em 2022.
Me contem nos comentários? ❤

Deixo registrado também meus votos de Feliz Ano Novo para todos!
Que 2023 seja um ano mais leve, cheio de luz e recomeços.
Agradeço a todos que me acompanharam aqui no blog ao longo do ano e espero contar com vocês no próximo também. ❤

Beijos e um abraço apertado!

Dica de Série: The Sandman

Oi pessoal, tudo bem?

Se tem um título que anda no topo da lista de mais assistidos da Netflix nas últimas semanas, é The Sandman. Obviamente eu, que adoro uma boa série de fantasia e um quê sombrio, corri pra assistir. Vamos conhecer? 😉 

Sinopse: Após anos aprisionado, Morpheus, o Rei dos Sonhos, embarca em uma jornada entre mundos para recuperar o que lhe foi roubado e restaurar seu poder.

A trama gira em torno de Sonho, ou Morpheus, que foi invocado por feiticeiros humanos que desejavam invocar sua irmã, a Morte. Aprisionado por mais de cem anos – o que gerou consequências catastróficas no nosso mundo, ou “Mundo Desperto” –, quando Morpheus finalmente retoma sua liberdade ele precisa partir numa jornada em busca de seus três artefatos roubados: um elmo, um rubi e sua poderosa areia. Porém, em seu caminho ele encontrará Pesadelos que fugiram de seu reino e não desejam retornar, além de cruzar com inimigos que não vão facilitar a sua missão.

No universo de The Sandman, existem seres chamados de Perpétuos. Eles existem desde que tudo existe, não sendo deuses, mas sim aquilo que representam em si mesmos, sendo governantes de seus próprios reinos e senhores daquilo que influenciam. Nessa primeira temporada conhecemos quatro deles: Sonho, Morte, Desejo e Desespero. Todos os Perpétuos são irmãos, mas não esperem uma relação necessariamente próxima de todos eles: tirando a boa relação de Morpheus e Morte, a série nos mostrou que existem rivalidades e disputas de poder bem perigosas entre eles. Tudo que eu sabia sobre Sandman era bem superficial, pois não li as HQs, mas foi o bastante pra acompanhar a série sem maiores problemas, ainda que existam elementos que tenham ficado somente nas entrelinhas (como a própria rivalidade entre alguns dos Perpétuos, por exemplo).

Sandman acerta em cheio em não se estender demais na busca de Morpheus por seus itens mágicos, pois isso dá espaço a outras histórias bem bacanas ao longo da temporada. Pode-se dizer que ela é dividida em duas: na primeira parte, acompanhamos a recém retomada liberdade de Morpheus, e na segunda temos como foco sua perseguição a Coríntio, um Pesadelo que deseja se livrar de Morpheus para seguir causando seus terrores no Mundo Desperto. A série tem episódios bem marcantes, sendo o meu favorito o episódio 6, focado na Morte. Ele é um episódio longo com duas histórias amarradinhas: começa com o reencontro de Morpheus e da Morte, em que a série mostra um lado gentil, afetuoso, otimista e caloroso de um momento que costuma ser assustador em nossa cultura (o momento da despedida final); e depois se desenvolve para a amizade do protagonista com um humano que foi agraciado pela Morte com a imortalidade, desde que se encontrasse a cada século com Morpheus para contar se a dádiva havia se transformado em tortura ou não. Sob alguns aspectos, a série funciona quase como uma antologia dentro do universo do protagonista, tendo vários plots que abordam situações e personagens distintos.

E o que dizer da beleza visual de The Sandman? A produção teve um investimento pesado na produção dos efeitos especiais, e cada episódio é deslumbrante. Em tempos nos quais os profissionais de CGI estão tendo burnout ao trabalhar pra Marvel (o que gera memes com terceiros olhos e pele verde), foi um verdadeiro deleite poder assistir a cenários tão bonitos e animações tão caprichadas. O próprio mundo de Morpheus, o Sonhar, é composto dos mais diversos ambientes. Os Perpétuos por si só também têm a aparência que mais se adequa à pessoa ou ao ser com o qual estão interagindo. Ou seja, essa preocupação em fazer com que tudo fosse bem feito e visualmente impactante deu muito certo, porque fiquei de queixo caído em diversos momentos.

Como aspecto mais fraco da produção, pode-se dizer que o desenvolvimento dos personagens secundários acaba sendo preterido. Ao mesmo tempo em que histórias individuais começam e terminam nos mesmos episódios, o que é bacana por passar uma “vibe antológica”, poucos personagens ganham camadas que os transformem em algo além de sua função para aquele momento. Um exemplo disso é Johanna Constantine, cuja aparição pontual serve pra um único fim: ajudar Morpheus em sua busca pela areia mágica. A própria Morte, tão carismática, só aparece em um episódio de transição entre os arcos da busca pelos artefatos e a o arco de Rose Walker, a Vórtice dos Sonhos que é o ponto-chave da segunda metade da temporada. E, já que mencionei Rose, a série perde um pouco de seu fôlego quando a trama passa a girar em torno dela, fazendo com que meu interesse tenha sido levemente diminuído.

The Sandman é uma produção cara e tem chances de cancelamento por conta disso, segundo o próprio criador da HQ, Neil Gaiman. Por isso, fica o convite: vamos mostrar que séries de qualidade, com roteiros interessantes e fora do óbvio, também merecem permanecer na Netflix? Fica o convite para cair de cabeça nesse universo tão criativo, cheio de reflexões e questionamentos sobre a vida. 

Título original: The Sandman
Ano de lançamento: 2022
Criação: Neil Gaiman, David S. Goyer, Allan Heinberg
Elenco: Tom Sturridge, Boyd Holbrook, Patton Oswalt, Vivienne Acheampong, Vanesu Samunyai, Mason Alexander Park, Gwendoline Christie, David Thewlis