Um ano de transformações

Há algum tempo eu ando com vontade de postar mais uma das minhas reflexões por aqui, e acredito que hoje seja a oportunidade perfeita pra isso. Por quê? Hoje é meu aniversário! 🙂

Eu adoro comemorar meu aniversário. Gosto de ter meus amigos perto de mim, da atenção que ganho no dia, do carinho que recebo. Mas, acima de tudo, gosto da perspectiva de recomeço que o aniversário traz. Mesmo sabendo que as coisas não mudam a partir de um dia específico, pra mim essa data representa esperança e renovação.

Falando em mudanças, eu já comentei por aqui que eu costumo não gostar delas, lembram? O curioso é que 2016 foi um dos anos em que eu mesma mais mudei.
Botei um piercing, depois tirei.
Fiz uma nova tatuagem.
Tirei o aparelho dentário.
Mudei meu cabelo uma vez. Mudei meu cabelo de novo.
Tomei decisões importantes referentes ao meu corpo.
Pensei em abrir mão de algumas coisas, depois me convenci a persistir.

Enfim, 2016 tem sido um ano difícil  e inquietante. Minha ansiedade nunca esteve tão intensa e eu nunca tive tanta dificuldade em lidar com isso. Ainda assim, esse último ano que vivi também foi um ano de transformação. Apesar de todas as coisas que me jogaram pra baixo, eu continuei  (e continuo) tentando. E eu me orgulho disso.

Talvez esse post não faça muito sentido. Eu sei, nem eu mesma faço às vezes. Ainda mais nos últimos tempos. Ainda mais dos 22 aos 23. Espero que a jornada até os 24 seja mais tranquila, mais equilibrada, mas que eu continue com essa coragem pra mudar (que nem eu sabia que tinha!) o que for necessário pra que eu me sinta bem. E eu desejo o mesmo pra você. Que nós sempre sejamos capazes de dizer adeus pro que nos machuca e dizer olá pras infinitas possibilidades que o novo traz. 🙂

Sobre medo, escolhas e mudanças.

Eu tenho medo de mudanças.
Uso franja desde os 12 anos e por muito tempo não deixei nenhum cabeleireiro cortar o meu cabelo.
Desde que comprei meu primeiro All Star nunca mais consegui usar outro tênis.
Fiz uma faculdade que eu não gostava por três anos.
Eu tenho hábitos consolidados e aspectos bem marcantes da minha personalidade.

Mas eu não sou acomodada. Estagnação me desagrada. Reclamar e não sair do lugar me faz perder a paciência. E, analisando tudo isso, eu percebi que eu também precisava de mudanças. Que muitas vezes, por medo, eu parei. Que eu também reclamava sem fazer nada a respeito.

De uns tempos pra cá, eu tenho tentado mudar em muitos aspectos. Um deles é acreditar em mim mesma e fazer as coisas darem certo. A minha versão adolescente que só sabia reclamar sobre o quanto a vida estava difícil foi (e está) dando lugar a alguém que resolveu fazer cursinho pré-vestibular junto com a faculdade e que conseguiu passar muito bem colocada pro curso que queria; a alguém que foi no cabeleireiro e cortou um cabelo que estava lá pelo fim da cintura na altura do sutiã; a alguém que trocou de emprego/estágio, porque sabia que uma oportunidade melhor e mais desafiadora a esperava.

Nenhuma decisão foi fácil. Tive medo em todas elas. Ponderei muitas coisas antes de dar a palavra final.
Mas ninguém muda completamente, e não tem problema nenhum em sentir medo! É normal. Então, sim, eu ainda tenho medo de mudanças. Mas acho que aprendi que elas podem ser muito boas.

Mudar e amadurecer é importante, desde que não altere a nossa essência. É fácil se acomodar, mas parafraseando Dumbledore: às vezes precisamos decidir entre o que é certo e o que é fácil. Eu sei que estou no caminho certo. 🙂 Então, se você acredita de verdade em alguma coisa: não tenha medo! E, se você tiver, junte a sua coragem para vencê-lo. Acredite que você pode realizar as coisas que você deseja. Vá em frente. Eu prometo, vai valer a pena.