Oi gente, tudo bem?
Sabe quando uma série chega de mansinho e conquista um espaço no seu coração? Foi assim que aconteceu com Mom. Depois que assisti parte de um episódio por acaso na TV, não resisti e comecei a série do início (maratonando em pouco tempo rs). Vamos conhecer? 😀
Sinopse: Christy é uma mãe solteira recém-saída da reabilitação que decide restaurar a ordem em sua vida. Mas sua mãe Bonnie, uma alcoólatra com quem não tinha contato há muitos anos, ressurge e faz com que a tarefa se torne ainda mais complicada.
Christy é uma mãe divorciada, garçonete e ex-alcoólatra. Depois de uma adolescência e início de vida adulta difíceis (que inclusive prejudicaram seu relacionamento com a filha mais velha), Christy está decidida e fazer o seu melhor e, por isso, frequenta religiosamente os encontros do AA. Porém, o que ela não esperava é que em uma dessas reuniões ela fosse reencontrar quem ela julga ser culpada por todos os erros do passado: sua mãe, Bonnie, ex-alcoólatra e ex-dependente química. Determinada a se redimir com Christy, Bonnie vai enfrentar muita resistência e mágoa por parte da filha.
Mom é uma comédia sensacional, com diálogos irreverentes, cenas engraçadas e personagens carismáticos. Além da relação de Christy e Bonnie, as amizades que as duas constroem no AA são sólidas e cativantes, especialmente porque elas acabam formando um grupo super heterogêneo: temos a certinha Marjorie, a perua Jill, a chorona Wendy e outras mulheres que também criam vínculos ao longo do caminho. Porém, apesar de terem características mais marcantes, todas passam por situações difíceis e demonstram outras facetas ao longo da trama. Claro, é importante frisar que Mom é uma sitcom, então esses estereótipos acabam sendo usados com frequência para fins cômicos, mas as personagens também são mais do que isso.
Entretanto, apesar de muito cômica, Mom é uma série com MUITOS momentos dramáticos (e foram várias as vezes em que me peguei rindo num momento e chorando no próximo). Por abordar a questão da dependência química e alcoólica, a série tem como tema principal um assunto bem pesado, que atinge inúmeras pessoas e traz consequências desastrosas na vida de muitas delas. Christy e suas amigas conseguiram dar a volta por cima com a ajuda do AA e umas das outras, mas nem todo mundo tem a mesma sorte. E o bacana de Mom é que a série traz uma abordagem responsável, com vários episódios que evidenciam os estragos e a dor que o alcoolismo e a dependência química causam não somente a quem sofre da doença, mas também aos seus amigos e familiares. Além disso, Mom retrata as dificuldades diárias que alcoólatras e dependentes químicos enfrentam para evitar as recaídas (que, infelizmente, não são incomuns).
As relações entre os personagens são minha coisa favorita em Mom. É incrível ver como a relação de Christy e Bonnie vai se transformando e, por mais que não seja perfeita, é bonito ver como algumas cicatrizes podem se curar – mesmo depois de tanto tempo. Bonnie é a personagem que rouba a cena, sem sombra de dúvidas: ela é engraçada, jovial e um pouco inconsequente, mas no fundo tem um ótimo coração. Christy acaba até um pouco apagada por conta disso rs. E, já que falei em Christy, vale entrar num assunto meio bizarro: com o passar das temporadas, a maternidade de Christy vai ficando em segundo plano em detrimento de seu desenvolvimento como personagem e do espaço dado a Bonnie e às meninas do grupo do AA. Apesar de tornar a série mais interessante (porque os filhos da Christy são um porre), é uma conveniência de roteiro, porque é nítida a importância dos filhos no processo de sobriedade de Christy. Ainda assim, sejamos honestos: é fácil esquecer que os dois chatos existem. ¯\_(ツ)_/¯
Resumindo, Mom é uma série cativante. É aquela comédia curtinha, que você maratona sem esforço, mas que ainda assim consegue trazer um tema importante e reflexivo enquanto te arranca gargalhadas numa cena e lágrimas na outra. Recomendo muito! 😉
Título original: Mom
Ano de lançamento: 2013
Direção: Eddie Gorodetsky, Gemma Baker, Chuck Lorre
Elenco: Anna Faris, Allison Janney, Mimi Kennedy, Jaime Pressly, Beth Hall, William Fichtner