Oi pessoal, tudo bem?
Na última quarta-feira Loki, a série do Disney+ focada no Deus da Trapaça, chegou ao fim, e hoje vim compartilhar minhas impressões a respeito com vocês!
Sinopse: Depois de roubar o Tesseract em “Vingadores: Ultimato”, Loki acaba perante a Autoridade de Variância Temporal (AVT), uma organização burocrática kafkiana que existe fora do tempo e do espaço.
Quem viu Vingadores: Ultimato lembra que o plano dos heróis era voltar no tempo para recuperar as Joias do Infinito, certo? Ao voltarem para 2012, porém, uma confusão acontece e o Loki daquela timeline escapa, e é nessa série que descobrimos o que acontece com ele. O protagonista não demora a ser capturado por outra organização: a AVT (Autoridade de Variância Temporal), responsável por cuidar da Linha Temporal Sagrada que mantém os eventos do universo onde devem estar, e por eliminar qualquer elemento que fuja desse “script”, as chamadas Variantes (sendo este o caso de Loki). Porém, em vez de ser eliminado, Loki é recrutado por um dos agentes da AVT – Mosbius – para auxiliá-lo num problema muito maior: existe alguma outra Variante do Loki causando perturbações consideráveis na linha do tempo e eliminando os agentes da organização, e Mosbius acredita que não há ninguém melhor que um Loki para ajudá-lo a encontrar outro.
Para ser totalmente sincera com vocês, demorei um pouquinho a gostar de Loki. Os primeiros episódios foram bem medianos pra mim, ainda que divertidos. Tom Hiddleston tem carisma, assim como Owen Wilson, então a dupla funciona bem. Obviamente, Mosbius não confia totalmente em Loki, e Loki também tenta enganar Mosbius sempre que possível para benefício próprio. Mas ao longo dos primeiros episódios os dois conseguem focar na missão de rastrear a Variante Loki que está causando as perturbações: uma mulher que abdicou do nome Loki e se autodenomina Sylvie.
Sylvie teve uma vida ainda mais difícil que a do Loki que conhecemos: ela foi identificada como Variante e removida do seu universo original ainda na infância. Porém, ela deu um jeito de escapar da AVT ao roubar um dos dispositivos que eles usam para se mover pelo espaço-tempo (conhecidos como Temp Pads). Seu objetivo máximo é destruir a AVT e se vingar da vida que lhe roubaram, mas devido a inúmeras situações problemáticas, ela e Loki acabam sendo obrigados a trabalhar em conjunto para escaparem da aniquilação por parte da organização.
Vou dizer pra vocês que o que mais gostei em Loki foi da relação que ele construiu com esses personagens, mais até do que do protagonista. O “nosso” Loki em si, pra mim, brilhou menos do que eu esperava. Na AVT ele tem a oportunidade de assistir ao filme da própria vida e isso faz com que uma chave seja virada em sua mente e ele bruscamente se transforma no Loki que conhecemos em Ultimato. Isso, pra mim, foi um tanto forçado – afinal, um homem que estava no auge da sua vilania se transformou completamente ao ver sua vida em uma tela? Entendo que tenha um apelo forte devido a tudo que ele sofreu, mas o Loki de Ultimato levou 8 anos para chegar naquele estágio de desconstrução, e o espectador acompanhou isso acontecer. Na série, por mais que a AVT não siga as regras do espaço-tempo que conhecemos, ainda assim me pareceu brusca a mudança do protagonista.
Depois dos primeiros dois ou três episódios, que achei mais parados, Loki começa a ter uns plot twists mais interessantes e fui ficando mais animada para descobrir os segredos da AVT. Porém, a season finale veio com um balde de água fria e um excesso de diálogos expositivos que me passou a impressão de que o roteirista correu pra explicar tudo que precisava para pavimentar o terreno para Doutor Estranho 2, que vai focar nessa questão do multiverso. Porém, não posso negar que o carisma de Loki é bastante envolvente e faz você querer assistindo à série. Sua relação de gato e rato com Sylphie também é bacana, exceto quando os roteiristas decidem colocar uma tensão romântica/sexual que me causou o mesmo constrangimento de estar assistindo a uma cena de sexo com minha mãe do lado rs.
Das três séries da Marvel que já saíram no Disney+, considerei Loki a mais fraca. Mas ela traz conceitos importantes para entendermos o que vem pela frente, e vale a pena assistir para matar as saudades do Deus da Trapaça. Não achei genial nem fora da média, mas é um entretenimento legal, com um final BEM mindblowing (adoro!) e que traz de volta um personagem que foi ganhando cada vez mais o coração do fandom ao longo de todos esses anos de MCU. 🙂
Título original: Loki
Ano de lançamento: 2021
Direção: Michael Waldron
Elenco: Tom Hiddleston, Owen Wilson, Sophia Di Martino, Gugu Mbatha-Raw