Oi pessoal, tudo bem?
O Especial Dia da Mulher continua, e o tema de hoje são séries protagonizadas por mulheres! Do humor ao drama, espero contemplar a maior variedade possível. Vamos lá? 😉
Orange is the New Black
Impossível falar sobre força e diversidade sem citar Orange is the New Black. Ambientada numa prisão feminina, a série dá voz a uma enorme gama de mulheres (com suas próprias histórias e vivências), desenvolvendo todas elas com excelência. Temas como violência policial, racismo, abuso sexual e muitos outros assuntos são tratados nas 7 temporadas.
Outlander
Claire, protagonista de Outlander, é uma mulher progressista e empoderada mesmo antes de viajar no tempo e ir parar na Escócia do século XVIII. No início da série ela é uma enfermeira que participou da Segunda Guerra e posteriormente ela é a única mulher em sua turma no curso de Medicina. Isso sem contar a influência e o respeito que ela adquire enquanto vive no passado, em uma época ainda mais hostil para as mulheres.
Jessica Jones
A série se destaca por abordar temas pesados e realistas em uma série do gênero de super-heróis. Jessica é uma protagonista imperfeita e cheia de vícios, mas é também uma sobrevivente: ela foi vítima de um relacionamento abusivo, e as consequências disso são tratadas de modo responsável e coerente. Além disso, Jessica também vai de encontro a padrões de beleza e estereótipos de representação típicos das HQs, que hiper-sexualizam as heroínas. Se ficarem interessados, falo mais sobre isso no meu TCC (que foi sobre a série). 😀
One Day at a Time
Nessa série (que é uma das minhas comédias favoritas), temos uma família de origem cubana que vive nos Estados Unidos e é conduzida por duas mulheres fortes e inspiradoras: Lupe e sua mãe, Lydia. Além disso, a filha mais velha de Lupe (Elena) é uma jovem empoderada e questionadora que levanta diversas discussões importantes. Assuntos como machismo, xenofobia, sexualidade e saúde mental são abordados com responsabilidade ao longo dos episódios, e o melhor de tudo: com um humor que não ofende nem machuca. Série perfeita, sem defeitos. ❤
Alias Grace
O que mais gosto nessa minissérie, que adapta a obra de Margaret Atwood, é o uso da feminilidade como recurso de sobrevivência. Grace, acusada de matar seu patrão e a governanta, convence o júri (e o espectador) de sua inocência por meio de uma representação de fragilidade. A ambiguidade da personagem é fascinante e evidencia que mulheres têm inúmeras camadas e possibilidades de ação – inclusive para a manipulação e para atos de crueldade.
Big Little Lies
Essa série é um espetáculo do início ao fim, especialmente quando consideramos somente a primeira temporada. Com um elenco de respeito que dá vida a mulheres com personalidades distintas, Big Little Lies é contundente ao falar sobre relacionamento abusivo e agressão, além de trazer na prática o poder da sororidade.
Inacreditável
A produção mais recente da lista é um soco no estômago, especialmente por ser a dramatização de um caso real. Nos 8 episódios, a série problematiza o fato de que a violência sexual é sempre questionada, o que não ocorre com outros tipos de crimes. Inacreditável coloca o dedo na ferida ao mostrar que vítimas de estupro costumam ser violentadas duas vezes: pelo agressor e pela sociedade, que com frequência coloca sua credibilidade em xeque. É uma série dolorosa, mas imperdível.
Grace and Frankie
Pra terminar, uma sugestão mais leve e muito válida. Grace and Frankie retrata uma fase da vida pouco explorada nas produções de entretenimento: a terceira idade. Além da amizade inspiradora de duas mulheres tão diferentes que aprendem a se respeitar, Grace and Frankie também traz abordagens muito interessantes sobre sexualidade e autonomia sobre a própria vida em uma idade vista por muitos como limitada.
Espero que tenham gostado da lista!
Agora quero saber: quais séries vocês adicionariam ao post? 😀