Séries boas com finais ruins

Oi gente, tudo bem?

Eu sou uma pessoa apegada a finais. Então sim, mesmo que uma obra tenha sido fantástica durante quase toda a sua duração, se o final for ruim ela provavelmente vai ser arruinada na minha cabeça. Mas o oposto também é válido, e alguns finais bons salvam certos títulos pra mim. Por que eu tô dizendo isso? Só pra justificar a ideia desse post mesmo. 😂 E hoje vou dividir com vocês algumas das minhas decepções com finais de séries (considerando apenas as finalizadas, e não as canceladas). Obviamente esse post contém spoilers, belê?

Dexter

Essa foi uma das primeiras séries que comecei a acompanhar “por conta própria”, sem ser na TV aberta, e eu me apaixonei demais pela trama que acompanhava um serial killer cujo código de conduta o permitia matar apenas outros assassinos ou criminosos. Durante suas 4 primeiras temporadas, Dexter foi uma série impecável Da 5ª em diante, a coisa começou a degringolar, mas foram as 2 temporadas finais que levaram tudo ladeira abaixo. O plot da paixão de Debra pelo irmão, o fato dela retroceder na sua carreira, a paixão juvenil de Dexter por Hannah… tudo isso me enervou. A season finale terminou de colocar os pregos no caixão, e vimos um Dexter que sobrevive após a morte da irmã e vai viver isolado como um lenhador. Oi? Recentemente foi anunciado um revival e eu tô com zero esperanças e expectativas, porque pra mim o caminho foi sem volta a partir do momento em que decidem matar a Debra do jeito mais tosco possível.

How I Met Your Mother

Eu assisti HIMYM inteira duas vezes e, apesar de ter sentido menos raiva na segunda, sigo inconformada com o final. Meu problema não é que o Ted tenha voltado pra Robin, ou que a mãe estivesse morta (aliás, isso era um pouco previsível). O problema foi que, ao longo das 9 temporadas, os roteiristas forçaram muito mais a relação da Robin com o Barney, e ela nunca demonstrou estar tendo recaídas amorosas pelo Ted – era tudo muito platônico, mesmo quando eventualmente transavam. Se não tivessem dedicado tanta energia em consolidar o casal Robin e Barney (colocando uma temporada inteira focada em seu casamento, que acaba logo em seguida), talvez fosse mais fácil de engolir que o Ted tenha voltado pra ela.

Game of Thrones

Ai, ai, o que dizer desta que por um bom tempo esteve na minha lista de séries favoritas? Game of Thrones teve sua qualidade prejudicada no momento em que a referência original (os livros) tinha se esgotado. A sétima temporada já contou com diversos saltos temporais bizarros e Deus ex-machina pra todo lado, mas foi na oitava que tudo que tinha sido construído até ali foi jogado pela janela. Como lidar com um Jaime que, após seu arco de redenção, volta pra Cersei? E como lidar com essa mesma Cersei, uma das piores/melhores vilãs da série, morrendo não pelas mãos de Arya, mas sim esmagada por escombros? E, já que falei na Arya, sério que ela chega ATÉ Porto Real só pra desistir da sua vingança? Por último, mas não menos importante: a duplinha Jonerys. Não consigo acreditar que Jon Snow foi ressuscitado pra não fazer nada de útil e pra sua origem não servir pra nada além de deixar a Daenerys insegura. Também não acredito que em meia dúzia de episódios fizeram a personagem se transformar na Rainha Louca. Esse plot, aliás, poderia ter sido feito, desde que com mais atenção e desenvolvimento, como tudo costumava ser nas primeiras temporadas. Melhor parar por aqui, antes que eu comece a falar do conselho mais aleatório do mundo decidindo o futuro de Westeros após a palestrinha motivacional do Tyrion.

E vocês, também foram traumatizados por algum final de série muito ruim?
Me contem nos comentários, vamos sofrer juntos. 😂

Dica de Série: Dexter

Oi, gente! Tudo certo?

Faz um tempão que eu não falo de séries por aqui, né? Pois bem, então para o post de hoje eu trouxe uma dica bem bacana de uma série da qual já fui muito fã: Dexter!

dexter

Sinopse: Dexter foi uma série televisiva americana de drama/suspense centrada em Dexter Morgan (Michael C. Hall), um assassino em série com diferentes padrões que trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue no departamento de polícia do Condado de Miami-Dade. Valendo-se do fato de ser um especialista forense em análise sanguínea e de trabalhar no Departamento de Polícia de Miami, Dexter, de um modo bem meticuloso e sem pistas, mata criminosos que a polícia não consegue trazer à Justiça. Seus relacionamentos desenvolvidos durante a série, no entanto, acabam por complicar seu estilo de vida duplo e a levantar dúvidas quanto a sua necessidade de matar.

Dexter é uma série de TV baseada nos livros de Jeff Lindsay, focada no analista forense – e serial killerDexter Morgan. Após ser resgatado aos 4 anos após presenciar um banho de sangue no qual sua mãe biológica foi morta, Dexter foi adotado pelo policial Harry Morgan que, ao perceber as tendências sociopatas e violentas da criança, passou a ensiná-la uma série de regras para “matar em segurança”. Essas regras, O Código de Harry, moldaram o comportamento do protagonista de maneira a ensiná-lo a executar apenas criminosos que escaparam da Justiça. Dessa forma, ele poderia dar vazão à sua necessidade violenta – a qual Dexter chama de Passageiro Sombrio – com um risco muito menor de ser pego pela polícia.

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A série tem uma dinâmica muito interessante, principalmente nas primeiras temporadas. Vemos Dexter investigando possíveis futuras vítimas e depois as executando, enquanto finge ser um homem amável, simpático e solícito no dia a dia. Cada temporada tem um antagonista principal que exige mais concentração e gera mais problemas a Dexter, o que dá aos episódios um ritmo excelente e desperta no espectador a curiosidade de descobrir a verdade por trás dos fatos. Uma das questões mais importantes que se desenvolve em Dexter é o relacionamento dele com os outros personagens. O personagem inicia a série percebendo a si mesmo como um monstro que utiliza uma “máscara” perante a sociedade, mas, com o passar do tempo, ele passa a se questionar sobre a sua necessidade de matar. O conflito sentido por Dexter, sobre até que ponto ele é apenas o seu Passageiro Sombrio e até que ponto ele realmente pode se relacionar verdadeiramente com as pessoas, é um dos núcleos principais da série.

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É muito interessante perceber a relação de Dexter com as pessoas próximas. Seguindo O Código de Harry – algo que orienta toda a sua vida desde a adolescência e o mantém seguro – ele tenta ao máximo interagir com as pessoas à sua volta, tanto no ambiente famíliar quanto na Delegacia na qual trabalha. Minha personagem favorita é a irmã de Dexter, Debra. Ela é tão complexa quanto ele: negligenciada pelo pai (que ficou preocupado demais em orientar um Dexter adolescente com tendências psicopatas), ela sempre quis chegar ao mesmo nível que ele, o de Detetive de Polícia. Debra tenta o tempo todo atender às expectativas do pai que, mesmo falecido há bastante tempo, ainda tem uma influência significativa na vida dos dois irmãos. Os colegas de Departamento também são muito bacanas e com histórias próprias, alguns deles servindo de alívio cômico e outros tendo maior desenvolvimento ao longo das temporadas.

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Infelizmente, Dexter perdeu muito da qualidade a partir da quarta temporada (são oito no total). Os plots ficam um pouco repetitivos e, mais para o final, a coerência deixa a desejar, sob o meu ponto de vista. Ainda assim, Dexter é uma série diferente e muito interessante. Os personagens são problemáticos, dúbios, fazem coisas erradas e ainda assim nos pegamos torcendo por eles. O próprio Dexter pode ser considerado um vilão, principalmente no início da série, e ainda assim consegue a empatia do espectador graças ao seu carisma. É uma série que acompanhei como fã durante muito tempo e que, mesmo quando passou a me desagradar, ainda me causava curiosidade e vontade de descobrir o que aconteceria. Considerando as ressalvas citadas, é uma série que eu recomendo bastante e que me deixou viciada por muito tempo! 😀

Título original: Dexter
Ano de lançamento: 2006
Criador: James Manos Jr.
Elenco: Michael C. Hall, Jennifer Carpenter, Julie Benz, David Zayas, James Remar, C. S. Lee, Lauren Vélez