Oi gente, tudo bem?
Hoje venho falar pra vocês sobre um dos filmes pelo qual eu mais esperei: Capitão América: Guerra Civil! ❤ Assisti ao filme ontem e continuo eufórica, mas prometo tentar manter o foco durante a resenha hahaha!
Sinopse: Steve Rogers (Chris Evans) é o atual líder dos Vingadores, super-grupo de heróis formado por Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). O ataque de Ultron fez com que os políticos buscassem algum meio de controlar os super-heróis, já que seus atos afetam toda a humanidade. Tal decisão coloca o Capitão América em rota de colisão com Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Homem de Ferro.
Houve toda uma expectativa criada pela Marvel em cima de Guerra Civil: a divulgação foi massiva, vários trailers e cenas foram lançados e muita especulação gerada. Eu sempre curti muito a ideia por trás de Guerra Civil, apesar de só conhecê-la superficialmente pelo que li a respeito dos quadrinhos. Claro, o filme não adaptou a guerra da HQ, até porque seria inviável em apenas um filme. Porém, a proposta da Marvel foi ainda melhor do que tudo que eu esperava! ❤ Apesar de levar o nome do Capitão América, o filme trata de diversos personagens. A Marvel sabe como ninguém conectar seus diversos longas, trazendo outros heróis de maneira muito convincente. Isso se dá porque seu universo cinematográfico é extremamente bem construído e coeso, dando margem a diversas participações.
Pra quem viu os trailers, é possível entender o cerne do enredo: depois das catástrofes nas quais os Vingadores estavam envolvidos, os governos ao redor do mundo desejam uma regulamentação dos super-heróis, com a proposta de que eles não sejam mais uma iniciativa privada, mas sim um grupo sob o comando da ONU. Tony Stark, sentindo-se extremamente culpado pelos eventos de Era de Ultron (que, afinal, foram causados por culpa dele), acredita que essa seja a melhor decisão, pois tanto poder deve ser regulamentado. Steve Rogers, entretanto, tem uma posição diferente: para ele, a ONU é feita por pessoas, e pessoas mudam de lado e de interesses. Ou seja, são corruptíveis. O medo do Capitão é que os Vingadores acabem se tornando uma arma nas mãos dos governos, que vão dizer quando e onde eles podem agir. Alguns heróis concordam com Tony, outros com Steve, mas no fim o chamado Tratado de Sokovia é assinado. Eventos marcantes ocorrem no dia da assinatura, mas vou parar por aqui pra não correr o risco de dar nenhum spoiler. 😛
Apesar de os trailers indicarem que a briga entre o Capitão e o Homem de Ferro se dá por uma diferença ideológica e pelo fato de o Capitão proteger seu melhor amigo, Bucky Barnes, o enredo de Guerra Civil vai muito além disso. Ao longo de suas 2h28min de duração, o longa apresenta uma sucessão de eventos muito mais complexos que levam ao famigerado conflito. Cada personagem do filme tem sua razão de existir. Me surpreendi com a inserção do Pantera Negra e do Homem-Aranha, pois eu não imaginava que o primeiro seria tão bem desenvolvido e que o segundo seria tão interessante. A única coisa que me deixou meio perdida em relação ao cabeça de teia foi a sua idade e a idade da tia May. Não conheço muito da sua origem nos quadrinhos, mas fui pega de surpresa por esses elementos.
Os conflitos ideológicos e as motivações de Rogers e Stark também são coerentes e compreensíveis. Ao contrário dos quadrinhos, em que o Homem de Ferro é inescrupuloso em suas crenças, sendo praticamente o vilão do arco, no filme o espectador consegue se colocar na posição de ambos os heróis, e concordar e discordar de suas atitudes na mesma medida. Cada um acredita que esteja fazendo o certo, e ambos são obstinados. E é essa combinação que os leva ao conflito. Continuo sendo #TeamCap, pois concordo com Steve Rogers sobre a mudança nos ideais e interesses humanos. Além disso, adoro o Bucky e morro de pena dele por toda a questão da lavagem cerebral. 😦 Mas também é muito fácil entender o Tony e o remorso que ele carrega consigo.
Eu não poderia deixar de falar nas cenas de ação. Apesar de não ter visto o filme em 3D nem IMAX (pasmem, me julguem, enfim: prefiro cinema normal), eu fiquei de boca aberta com todas as cenas em que houve conflito. As perseguições e as lutas foram de tirar o fôlego, mostrando o potencial de todos os heróis individualmente e também seu funcionamento em conjunto. Uma menção honrosa à Viúva Negra, que sempre chuta bundas, e ao Homem Formiga, que foi um elemento divertidíssimo em cena. Sam/Falcão também foi ótimo, gostei muito do desempenho do personagem. O bom humor característico da Marvel também está presente no filme, deixando tanto as cenas de ação como as demais muito mais leves e divertidas – mas sem apelar para piadinhas desconexas só pra arrancar algumas risadas, nem comprometer a seriedade do enredo.
Em suma, Capitão América: Guerra Civil foi um dos melhores filmes de super-herói que já assisti. Com um enredo bem construído, muito mais profundo do que os trailers mostram (pra quem reclama que a Marvel entregou todo o ouro antes da estreia) e personagens com motivações críveis, o filme nos leva a um conflito muito maior do que apenas escolher o lado para o qual torcer. Recomendo mil vezes! ❤
Título original: Captain America: Civil War
Ano de lançamento: 2016
Direção: Anthony e Joe Russo
Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Sebastian Stan, Scarlett Johansson, Anthony Mackie, Don Cheadle, Chadwick Boseman, Elizabeth Olsen, Jeremy Renner, Paul Bettany, Daniel Brühl