Review: Tokyo Revengers

Oi pessu, tudo certo?

A personagem Pri otaku tava há um tempo sem dar as caras por aqui, né? 😂 Então hoje vim dividir minhas impressões sobre um anime que vem fazendo bastante sucesso e cuja segunda temporada está confirmada: Tokyo Revengers.

Sinopse: Takemichi Hanagaki é um desempregado que sobrevive de bicos e está na fossa. Ele descobriu que Hinata Tachibana, sua primeira e última namorada, com quem namorou no fundamental, foi morta pela impiedosa Gangue Manji de Tóquio. No dia seguinte à notícia, ele está na beira da plataforma do trem e é empurrado pela multidão. Ele fecha os olhos se preparando para morrer, mas ao abrir, ele voltou no tempo para quando tinha 12 anos de idade. Agora que ele está na melhor época de sua vida, Takemichi decide se vingar de sua vida, salvando sua namorada e parando de fugir de si mesmo.

Antes de falar sobre o plot em si, vale ressaltar que Tokyo Revengers explora uma subcultura japonesa dos delinquentes, como os próprios personagens dizem. Mas, apesar da palavra ser abrangente, existem diversos grupos que se enquadram nessa categoria – dos bullies de colégio até gangues de motoqueiros. A questão é que são indivíduos que destoam do bom comportamento esperado, especialmente nesse contexto de animes escolares (como é o caso de Tokyo Revengers).

Ok, com isso posto, vamos à trama: Takemichi é um rapaz de 26 anos que se considera um loser. No passado, ele e seus amigos mais próximos tentaram formar uma espécie de gangue pra amendrontar outros alunos da escola, mas acabaram se tornando “lacaios” de uma gangue importante, a Toman (abreviação de Gangue Manji de Tóquio), até que o Ensino Médio acabou e ele se afastou de tudo isso, deixando namorada e amigos pra trás. Esse passado do qual Takemichi fugiu volta a assombrá-lo quando ele vê uma notícia de que Hina, sua antiga namorada, morreu em uma ação causada pela Toman. Após receber essa notícia chocante, o rapaz é empurrado numa estação de trem em direção aos trilhos, mas acaba sendo salvo pelo irmão mais novo da moça, Naoto, que se tornou policial e investiga a Toman. O aspecto “mágico” do anime fica por conta de uma habilidade que os dois descobrem nesse incidente na estação: ao tocar Naoto, Takemichi é capaz de voltar 12 anos no passado – mas sempre 12 anos a partir do dia presente. Ou seja, ele ganha uma nova chance de mudar a forma como as coisas aconteceram, mas não pode fazer isso várias vezes, já que cada dia é único tanto no presente quanto no passado. Com isso em mente, o objetivo da dupla é impedir que a Toman se torne maligna e cause a morte de Hina, mas a convivência com os membros da gangue e as alterações provocadas fazem com que Takemichi perceba que tem muito mais vidas em jogo do que ele imaginava.

Além da curiosidade provocada pelo questionamento de “será que é possível mudar o passado?”, um dos grandes méritos de Tokyo Revengers reside muito em seus personagens secundários. Quando Takemichi retorna para seus tempos de escola, ele provoca alterações que o levam a se aproximar do comandante da Toman, Mikey, e seu vice, Draken. Os dois são personagens perigosos e, desde sua primeira aparição, é nítido que eles impõem respeito sem esforço. Em contrapartida, Mikey tem um jeito quase infantil quando não está na sua “postura de comandante”, e faz amizade com Takemichi rapidamente. Draken, por sua vez, vai se revelando como o estereótipo do cara que é durão por fora, mas com um bom coração; ele cuida de Mikey com uma lealdade inabalável, e também acolhe o protagonista, estendendo sua proteção a ele também. Os dois são muito carismáticos e não demoram a roubar a cena, especialmente porque o anime tem muito mais desenvolvimento no passado (com Takemichi na escola) do que no presente (quando ele já é adulto), então vemos de perto como a Toman era conduzida por eles no começo da gangue.

Porém, sabemos que no futuro a Gangue Manji de Tóquio foi para um caminho de crimes muito mais pesados, e é aí que a nossa curiosidade é atiçada. Na primeira linha temporal apresentada, o anime nos relata o destino trágico de determinado personagem; Takemichi então acredita que precisa mudar esse acontecimento para evitar o caos no futuro. Mas, conforme ele vai tendo sucesso na sua missão, ele volta ao presente (apertando a mão da versão criança do Naoto) e percebe que ainda assim não conseguiu salvar Hina. É nesse ponto que Tokyo Revengers me instigou: será mesmo possível mudar as coisas ou estamos presos à inevitabilidade do destino? Assistir às tentativas do protagonista de salvar a todos a quem ele se afeiçoa me fez pensar em Efeito Borboleta 1, um filme que até hoje encaro como sensacional e que tem um gosto amargo por mostrar que mexer com o destino pode ser ainda mais perigoso do que simplesmente aceitá-lo.

Esse lado místico de Tokyo Revengers não é o foco da trama, sendo bem mal explicado e algo que considero um defeito. Comentei algo parecido na minha resenha de É Assim Que se Perde a Guerra do Tempo, que também traz o conceito de viagem temporal de modo apenas expositivo, sem maior aprofundamento. Ou você aceita, ou você aceita, a vibe é essa. 😂 Talvez no futuro o anime se debruce mais nessas questões relacionadas à habilidade de Takemichi de voltar no tempo, mas até o momento o que temos é um elemento místico que serve como catalisador de uma trama que é bem mais focada na tentativa do personagem de evitar maquinações políticas e salvar as pessoas que ele ama.

Mas se os membros da Toman (que vão além de Mikey e Draken – menção honrosa a Baji e a Chifuyu, capitão e vice da 1ª Divisão da gangue, respectivamente) são interessantes e aprofundados, o nosso protagonista é o elo fraco da corrente. Infelizmente, durante a primeira temporada ele passa a maior parte do tempo chorando e se sentindo inútil. E sabem o que é pior? Sendo sincera, essa é a reação mais realista possível quando pensamos que até ontem o personagem era um coitado que nem sabia brigar e que agora se vê no meio de tretas pesadas de uma gangue. Faz sentido que ele tenha medo de agir, e eu reconheço isso. Mas como são 25 episódios de Takemichi sofredor, dá uma afliçãozinha que ele demore tanto a entender que precisa fazer alguns sacrifícios e pensar de forma menos inocente e míope para as situações se quiser atingir seus objetivos. Tenho esperança de que todo o sofrimento que ele vivenciou na primeira temporada sirva como força impulsionadora de uma mudança mais ativa na próxima.

É bem interessante assistir a um anime que faz o espectador gostar de personagens que visivelmente estão fazendo coisas erradas – inclusive tendo cenas violentas e com bastante sangue “explícito”. Mas Tokyo Revengers faz um ótimo trabalho em trazer intrigas políticas pro cerne da história, fazendo com que a missão do protagonista vá muito além de mexer em um ou outro acontecimento do passado pra salvar a garota pela qual ele sempre foi apaixonado. O vilão apresentado ainda teve pouco tempo de tela, mas as linhas temporais já deixaram claro o quanto suas garras penetraram na organização e essa ameaça latente também nos ajuda a querer saber o que vai acontecer no próximo episódio. Não é um anime perfeito, tem alguns problemas de conveniência de roteiro e falta de aprofundamento e seu protagonista não é o mais carismático de todos os tempos. Contudo, o olhar focado na subcultura dos deliquentes, a ameaça que gira em torno de movimentações e intrigas políticas, os carismáticos membros da Toman e o foco na lealdade e na amizade fazem com que Tokyo Revengers ganhe um espaço bacana no coração. Se você curte animes, vale espiar. 😉

Título original: Tōkyō Ribenjāzu
Ano de lançamento: 2021
Direção: Koichi Hatsumi
Elenco: Yuuki Shin, Yu Hayashi, Tatsuhisa Suzuki, Griffin Puatu, Azumi Waki

Review: Harry Potter: De Volta a Hogwarts

Oi pessoal, tudo bem?

Dia 1º de janeiro foi muito marcante para os potterheads: o especial de 20 anos da estreia de Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter: De Volta a Hogwarts, estreou na HBO Max. ❤ A reunião contou com nomes importantes do elenco e revisitou toda a trajetória dos filmes da franquia de um dos bruxos mais amados da literatura e do cinema, então imaginem minha emoção ao conferir esse documentário. ❤

Sinopse: O tempo passou, e a saga do menino que viveu para enfrentar Lord Voldemort completou 20 anos! E pra comemorar em grande estilo, nada melhor do que reunir todo o elenco. Participe desse reencontro mágico, e reviva a história que marcou toda uma geração.

A HBO tem feito um ótimo trabalho em mexer com o coração de uma fangirl como eu, hein? Primeiro tivemos a reunião de Friends, que foi maravilhosa, e agora fomos presenteados com um especial delicado e bem produzido de Harry Potter. As cenas iniciais do documentário são responsáveis por nos ambientar a esse retorno, mostrando nomes como Emma Watson (Hermione), Robbie Coltrane (Hogwarts) e Matthew Lewis (Neville) recebendo cartas de Hogwarts que os convidam a voltar para celebrar o 20º aniversário do início da saga. Acompanhamos Emma chegando à estação 9 3/4 e reencontrando colegas de elenco como Bonnie Wright (Gina) e Evanna Lynch (Luna) no icônico Expresso de Hogwarts. Ao chegarem à escola, os atores (e os espectadores) são recebidos com cenários deslumbrantes e um baile incrível no Salão Principal, capaz de encher os olhos e nos deixar de queixo caído. Rupert Grint (Rony) também se junta ao time e, pra fechar com chave de ouro, vemos Dan Radcliffe (Harry) caminhando pelo Beco Diagonal – local tão importante pra sua história, o primeiro contato de Harry com o mundo bruxo.

De Volta a Hogwarts se divide em “capítulos” organizados por pares de filmes. Começamos com A Pedra Filosofal e A Câmara Secreta, depois evoluímos para O Prisioneiro de Azkaban e O Cálice de Fogo, e assim por diante. Cada um desses capítulos conta com entrevistas e relatos não apenas do elenco, mas também da produção. Chris Columbus, o primeiro diretor da saga, tem bastante espaço para dividir a experiência de como foi dar o tom inicial dos filmes, algo tão importante para criar as bases fundamentais para o que viria posteriormente. É muito legal ouvir dos diretores e da produção curiosidades de bastidores, como por exemplo o fato de que Richard Harris (o primeiro Dumbledore) ter achado que Fawkes era um animal real bem treinado, quando na verdade era um animatrônico. 😂 Ou, ainda, descobrir que a Helena Bonham Carter guarda um autógrafo do Dan de quando ele era mais novo, em que ele dizia querer que eles tivessem uma idade parecida pra que ele pudesse ter uma chance com ela HAHAHAHA!

Outro aspecto muito bacana foi perceber como diferentes momentos da vida do elenco pediam por conduções diferentes. Enquanto Chris Columbus precisava lidar com crianças (o que pede mais leveza e sensibilidade pra conduzir a direção), Alfonso Cuarón foi o primeiro diretor a trabalhar com jovens atores, já no período da adolescência. Conforme o elenco dos alunos crescia, novos desafios iam acontecendo, como a chegada dos hormônios e as crises de identidade geradas pela idade. A própria Emma relata que, em determinado ponto da franquia, chegou a pensar em desistir – tamanha a pressão da fama. Pra nós, fãs, é fácil esquecer que aqueles rostos que nos acompanharam enquanto crescíamos também estavam vivendo a mesma experiência (e os mesmos dilemas), então adorei ter a perspectiva dos atores sobre como foi crescer e viver os momentos mais marcantes do início da vida sendo parte de Harry Potter. Algumas das minhas partes favoritas são as cenas em que o trio principal conversa sobre esses momentos e rememora o tempo juntos – ainda que, confesso, pessoalmente eu sinta algum tipo de “distância” entre a Emma, o Rupert e o Dan. 👀

A emoção correu solta em diversos momentos, e ao mesmo tempo em que me provocou muitas risadas, o especial me levou às lágrimas mais de uma vez. Parte do documentário se dedicou a homenagear os membros do elenco e da produção que faleceram, e a falta que essas pessoas fizeram foi sentida. Alan Rickman (Snape) é o nome que provavelmente tem o maior peso nessa questão: além de ser um ator fantástico, ele também era querido por todos e muito generoso. Helen McCrory (Narcisa) também foi mencionada com destaque, e ambos foram pessoas que partiram muito cedo.

Harry Potter: De Volta a Hogwarts é um belo presente a quem cresceu com Harry Potter e às novas gerações que estão se encantando com a saga agora. Ele me lembrou as revistas que eu colecionava na adolescência, que eram lançadas próximo das estreias dos filmes e traziam várias entrevistas e informações de bastidores. 🥰 Essa sensação foi muito nostálgica e aproveitei cada segundo. Harry Potter sempre vai fazer parte da minha vida e voltar a esse universo tem um gostinho mágico que nunca vai embora. ❤

Título original: Harry Potter 20th Anniversary: Return to Hogwarts
Ano de lançamento: 2022
Direção: Casey Patterson
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Gary Oldman, Helena Bonham Carter, Tom Felton, Jason Isaacs, Bonnie Wright, Evanna Lynch, Matthew Lewis, Robbie Coltrane

Review: Friends: The Reunion

Oi pessoal, tudo bem?

Friends é minha série favorita, e como todos os fãs do sexteto eu estava ansiosíssima pra conferir a tão aguardada reunion. O post de hoje é menos racional e mais emotivo, porque eu quero compartilhar as sensações sentidas ao longo desse especial de quase 2h. Vem comigo?

Sinopse: No episódio especial Friends: The Reunion, acompanhamos os bastidores de uma das maiores sitcoms de todos os tempos. Assista à reunião de Rachel, Ross, Joey, Monica, Chandler, Phoebe e outros personagens, através de entrevistas, relembrando episódios clássicos e contando histórias até então desconhecidas da série que marcou diversas gerações.

Juro pra vocês: aos 2 minutos de exibição eu já tava com lágrimas nos olhos. Assistir cada membro do elenco principal entrar no estúdio depois de tantos anos foi emocionante, e cada um deles expressou seus sentimentos a sua maneira. David Schwimmer, Matt LeBlanc, Lisa Kudrow, Courteney Cox, Matthew Perry e Jennifer Aniston não pisavam naquele espaço que foi uma “segunda casa” por 10 anos desde que a série terminou, então é contagiante ver a reação de cada um ao relembrar os momentos ali vividos.

Friends: The Reunion acerta em cheio ao não mexer com a história da série original. Há, no máximo, a opinião dos atores sobre como seus personagens estariam. O programa é conduzido com uma estrutura dividida mais ou menos em: elenco e produção sendo entrevistado por James Corben; os seis ao redor de uma mesa reproduzindo as falas de determinadas cenas; reprodução de cenas e momentos icônicos; o grupo jogando novamente aquela competição que, na série original, valeu o apartamento de Monica e Rachel; retorno de nomes importantes do elenco (não vou contar quais pra não estragar sua experiência); fãs pelo mundo contando a importância da série em suas vidas; e, é claro, momentos apenas com os seis amigos e suas reminiscências da época.

Ao longo do reunion foi impossível não rir e chorar ao mesmo tempo. A emoção dos envolvidos te contagia, assim como a emoção dos fãs, principalmente quando você se identifica com suas falas. Eu assisti Friends em uma época difícil e conturbada da minha vida, e a série foi uma fonte importante de alegria e conforto, o que me faz ter um carinho incomensurável por ela. E no que diz respeito às risadas e surpresas, elas não faltaram: o show apresenta cenas originais da série, erros e problemas que aconteceram nas gravações e a revelação de um crush que eu fiquei cho-ca-da, porque não fazia ideia. 👀

Não sei se conseguiria ser objetiva o suficiente pra listar minhas partes favoritas, mas vou tentar (pule se não quiser pegar spoilers!):

  1. A abertura, é claro! Aqueles acordes marcantes já te colocam no mood certo e trazem de volta a nostalgia. ❤
  2. Lisa Kudrow cantando Smelly Cat com a fuckin’ Lady Gaga! E o coral também (lembram quando a Phoebe grava um clipe?).
  3. A revelação do crush que comentei anteriormente, que deu pra sentir nitidamente nas filmagens dos bastidores. 👀
  4. Os erros de gravação, em especial aquele em que o Matt LeBlanc fica tropeçando ao entrar no Central Perk e o que Matthew Perry faz a dancinha constrangedora do Chandler e os meninos imitam. 😂
  5. O jogo “pelo apartamento”, onde obviamente a palavra transponster foi mencionada hahaha!

Resumindo, Friends: The Reunion é um presente embalado com todo o carinho pelo elenco e pelos produtores aos fãs. É uma homenagem à série que, mesmo 17 anos após sua conclusão, segue atraindo novos fãs ao redor do mundo. É uma demonstração do amor e do carinho que aquelas pessoas sentem umas pelas outras, ainda que a vida as tenha levado para outras rotinas, o que também nos lembra que nossas próprias vidas podem seguir o mesmo caminho – o que não diminui nosso amor por amizades que não vemos mais todos os dias. É um especial que, para os fãs de Friends, chegou pra deixar o coração quentinho. ❤

Título original: Friends: The Reunion
Ano de lançamento: 2021
Direção: Ben Winston
Elenco: Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry, David Schwimmer

Review: Jujutsu Kaisen

Oi pessoal, tudo bem?

Já faz um tempo que meu boy conseguiu reacender em mim uma paixão antiga: animes! No início da adolescência eu era super fã mas, com o tempo, dei uma saturada. Recentemente, porém, estamos assistindo a ótimos títulos, e é sobre um deles que quero falar hoje: Jujutsu Kaisen.

Sinopse: Apesar do estudante colegial Yuuji Itadori ter grande força física, ele se inscreve no Clube de Ocultismo. Certo dia, eles encontram um “objeto amaldiçoado” e retiram o selo, atraindo criaturas chamadas de “maldições”. Itadori corre em socorro de seus colegas, mas será que ele será capaz de abater essas criaturas usando apenas a força física?!

No universo de Jujutsu Kaisen existem ameaças conhecidas como maldições. Elas são uma espécie de personificação da energia amaldiçoada, oriunda dos piores sentimentos dos seres humanos. Algumas são mais “inofensivas”, causando mal estar (por exemplo), mas outras são letais. E, para combatê-las, existem os feiticeiros jujutsu: humanos que usam dessa energia amaldiçoada como fonte para feitiços capazes de exorcizar as maldições. 

Nosso protagonista, Yuuji Itadori, é um jovem estudante que se vê no meio de um fogo cruzado entre uma maldição e um feiticeiro. A batalha gira em torno de um objeto poderoso com o qual Itadori entrou em contato: trata-se do dedo do espírito amaldiçoado mais poderoso que já existiu, Sukuna. No calor da batalha, Itadori se vê obrigado a engolir esse dedo para impedir que a maldição o use, e a partir desse momento seu destino está selado: Sukuna passa a ter consciência dentro dele e, em paralelo, os feiticeiros jujutsu temem o que isso significa, incumbindo Itadori de coletar os outros dedos ou ser executado imediatamente. E é assim que a aventura do jovem nesse mundo obscuro começa.

Eu demorei um tempinho pra entender os conceitos de Jujutsu Kaisen, muito porque o anime já começa na vibe tiro, porrada e bomba. Itadori é um jovem altruísta e com habilidades que vão além da normalidade humana, características que o ajudam a trilhar o caminho dos feiticeiros jujutsu com empatia e habilidade. A perda recente do seu avô, cujo último conselho foi para que o jovem ajudasse as pessoas à sua volta, é praticamente um mantra que o guia, o que deixa seu coração no lugar certo. Além disso, Itadori é muito engraçado! Suas expressões faciais mais “bobas” são típicas dos animes e quebram a tensão dos episódios. A dinâmica como hospedeiro de Sukuna, que sempre tenta tomar o controle de seu corpo, também é muito interessante.

Itadori também tem dois colegas de equipe. O primeiro é Fushiguro Megumi, o jovem que se envolveu na batalha na escola do protagonista. Ele tem muito respeito por Itadori, especialmente pelo autossacrifício que o protagonista fez quando eles se conheceram. A segunda é Nobara Kugisaki, uma garota temperamental que ora briga com Itadori, ora age exatamente como ele. Além dos dois colegas, o protagonista também conta com um mentor (ou, como se diz nos animes, sensei) que é um dos feiticeiros jujutsu mais poderosos da atualidade: Gojo Satoru, um personagem que vai da comédia ao modo badass num piscar de olhos. Com o tempo, vamos conhecendo outros estudantes da Escola Jujutsu (na qual o trio estuda), outros espíritos amaldiçoados poderosos e também intrigas que nada tem a ver com esses espíritos. As ameaças vêm de todos os lados, o que torna a trama muito instigante.

As batalhas de Jujutsu Kaisen são um dos seus maiores pontos fortes. O estúdio fez um trabalho fantástico na animação, as cores são vívidas e os movimentos são fluidos. Os episódios são repletos de combates de tirar o fôlego, com movimentos de câmera empolgantes. E, é claro, há o aspecto místico que também torna tudo ainda mais interessante, já que cada feiticeiro jujutsu utiliza a energia amaldiçoada de uma forma.

Se você gosta de boas histórias de ação com um toque mais sério e “assombrado”, Jujutsu Kaisen é a escolha certa. Empolgante, ágil e com personagens cativantes, o anime é uma ótima pedida pra quem busca um bom entretenimento. Apesar de trazer alguns clichês vistos em outros animes do mesmo estilo (notei semelhanças com Naruto, Fullmetal Alchemist, entre outros), Jujutsu Kaisen parece mais prestar uma homenagem ao gênero do que ser um plágio sem personalidade. Recomendo muito!

Título original: Jujutsu Kaisen
Ano de lançamento: 2020
Direção: Sunghoo Park
Elenco: Junya Enoki, Yûichi Nakamura, Yuma Uchida, Asami Seto, Nobunaga Shimazaki, Jun’ichi Suwabe

Review: Fruits Basket (2019)

Oi pessoal, tudo certo?

Quem me acompanha aqui há mais tempo pode lembrar que Fruits Basket já apareceu por aqui em uma resenha do mangá. Com o remake do anime (cuja primeira temporada foi lançada no ano passado), vi a oportunidade de indicar novamente essa história linda e comovente – com o plus de agora ter uma animação que faça jus à obra. ♥

Sinopse: Fruits Basket conta a história de Tohru Honda, uma garota órfã que, depois de encontrar Yuki, Kyo e Shigure Sohma, descobre que os treze membros da família Sohma são possuídos pelos animais do zodíaco Chinês e são amaldiçoados a se transformar em suas formas animais quando estão fracos ou quando são abraçados por alguém do sexo oposto que não esteja possuído por um espírito

Fruits Basket acompanha o dia a dia da jovem Tohru Honda, uma estudante órfã que se vê morando em uma barraca para não incomodar seu avô após a morte dos seus pais. Seu caminho se cruza com a família Sohma quando Yuki Sohma, seu colega de escola, descobre sua moradia inusitada. Yuki mora com outros dois membros da família: Shigure e Kyo (seu rival); eles decidem acolher Tohru, que passa a ajudá-los com os afazeres domésticos. Parece tudo muito simples, né? Acontece que os Sohma têm uma peculiaridade: eles são amaldiçoados pelos signos do zodíaco, e ao receberem um abraço do sexo oposto, se transformam nos animais respectivos. E é claro que Tohru descobre isso da maneira mais chocante possível: na prática. Com o passar dos episódios a jovem vai conhecendo outros membros da família Sohma e descobrindo segredos e relações muito mais complexas do que inicialmente ela imaginava.

Fruits Basket (ou simplesmente Furuba) é uma das minhas histórias favoritas. A mitologia por trás dos signos do zodíaco é muito interessante e as relações entre os membros amaldiçoados é cheia de nuances. Kyo e Yuki, por exemplo, fazem jus à dinâmica de gato e rato. Na lenda do zodíaco, Deus fez uma festa para os animais, nas quais os animais do zodíaco chinês compareceram. Entretanto, o rato pregou uma peça no gato, deixando-o de fora da celebração. Com isso, o gato é considerado o pior membro do clã, com gerações de pessoas possuídas por seu espírito sendo excluídas do convívio com os outros Sohma. Para Kyo, isso significa uma vida de amargura, raiva, dor e ressentimento – especialmente contra Yuki. Mas a vida do rato não é muito mais fácil: sendo o favorito do chefe do clã Sohma, Akito, Yuki cresceu sofrendo pressões inimagináveis, ouvindo que seu papel era agradar Akito e ser a companhia perfeita. A ele não foi permitido se descobrir, escolher, pensar por si mesmo – e é por este motivo que ele decidiu sair da casa principal e viver com Shigure (possuído pelo espírito do cachorro).

Cada membro do zodíaco tem uma história própria, e a forma como cada um lida com o fardo da maldição é particular. Ao longo dos episódios, Tohru vai formando laços com essas pessoas e essa relação faz com que o destino por si só comece a mudar. Os membros do zodíaco aos poucos percebem seu valor e entendem que são apreciados, ao menos por ela. Esse amor e amizade que Tohru oferece de coração aberto são fundamentais para a construção da autoestima de cada Sohma que cruza o seu caminho.

Furuba é uma história que fala muito sobre o peso da solidão. Cada personagem, incluindo Tohru, possui cicatrizes emocionais profundas. Bullying, rejeição familiar e isolamento são algumas das dores que eles enfrentam (principalmente os membros do zodíaco). É impossível não se emocionar conforme suas fragilidades vêm à tona, e a vontade que o espectador sente é de abraçar cada um deles com carinho (e dane-se se isso provocar uma transformação). Mas, por mais que a dor seja uma constante no passado e no presente dos personagens, Fruits Basket é também uma história sobre o poder da esperança. Tohru é o símbolo maior disso, a pessoa que perdeu tudo que mais amava e ainda assim consegue sentir gratidão pelas amizades e oportunidades que tem. Ao valorizar e apreciar genuinamente cada Sohma com quem vincula, ela “empresta” um pouquinho da sua força e mostra, mesmo sem querer, que existe amor e aceitação para aquelas pessoas. O tipo de acolhimento (emocional) que Tohru oferece tem um impacto que ela nem sequer pode imaginar ao aceitar ser acolhida por eles (fisicamente).

E pra não dizer que não falei da produção em si, preciso ressaltar a beleza do novo anime. A primeira adaptação televisiva me deixou frustrada porque termina num momento crucial do mangá e não tem continuidade; a nova, entretanto, vem pra corrigir isso e adaptar o mangá em sua totalidade, tendo três temporadas planejadas. O traço é simplesmente fantástico, as cores são lindas e os cenários também encantam. Pra completar, a trilha sonora é emocionante e se encaixa superbem com a proposta da história.

Pra quem já é fã de animes, Fruits Basket é um prato cheio que contempla uma história envolvente, muita emoção e bons personagens. Mas sei que nem todo mundo gosta desse tipo de produção e talvez isso seja por falta de oportunidade. Nesse caso, queria convidar você a começar sua experiência com Fruits Basket. Se você curte drama, fantasia, romance e – por que não dizer? – esperança, essa história tem tudo para te agradar. Não deixe a categoria da obra (ou seja, o fato de ser um anime) te impedir de dar uma chance para uma história que entretém, diverte, emociona e aquece o coração. Promete pensar com carinho? ❤

Título original: Furūtsu Basuketto
Ano de lançamento: 2019
Direção: Yoshihide Ibata
Elenco: Manaka Iwami, Nobunaga Shimazaki, Yuma Uchida, Yuichi Nakamura

Review: O Dilema das Redes

Oi pessoal, tudo bem?

Apesar de já ter estreado na Netflix há um tempinho, ainda acho que vale a pena falar sobre O Dilema das Redes. Vamos conhecer?

Sinopse: Especialistas em tecnologia e profissionais da área fazem um alerta: as redes sociais podem ter um impacto devastador sobre a democracia e a humanidade.

Intercalando entrevistas de pessoas responsáveis pelas redes sociais que conhecemos hoje e dramatizações de uma família comum que, assim como a gente, tem acesso ao mundo conectado, O Dilema das Redes revela muito do processo de captura de dados e do uso deles para nos impactar com anúncios mais precisos, conteúdos relacionados às nossas pesquisas, postagens que conversem com nossas crenças, entre outros. Os entrevistados no documentário são pessoas que ajudaram a construir esses algoritmos no Google, no Facebook, no Instagram e outras plataformas, portanto sabem bem quais são os objetivos dessas companhias com o uso de dados. Quem trabalha com marketing digital, como é o meu caso, sabe o quanto essas informações são relevantes para planejar publicidade segmentada. Nesse caso, talvez o choque com o que foi apresentado em O Dilema das Redes seja menor, mas ainda assim a produção da Netflix acende um alerta e nos relembra desse assunto – já que em meio ao dia a dia é fácil esquecer.

O mais perturbador foi pensar no “efeito bolha” que a gente fala tanto, mas não reflete sobre. O Dilema das Redes levanta o questionamento de que as redes sociais como funcionam hoje são uma ameaça à própria democracia: ao nos impactar cada vez mais com opiniões alinhadas às nossas, as redes nos deixam cada vez mais presos às nossas bolhas e o mundo adquire um caráter muito mais polarizado, já que grupos divergentes não dialogam. E nem precisamos pensar na realidade estadunidense pra vislumbrar esse risco: no Brasil também temos discursos polarizados que colocam as pessoas em caixinhas extremamente distantes.

O documentário também fala sobre a construção dificultada da autoestima e o quão abaladas as gerações que já nasceram conectadas podem ficar. Desde muito cedo os jovens são expostos a influencers perfeitos, filtros que modificam o rosto e ao anonimato da internet, estando suscetíveis a inseguranças e bullying. Conseguir racionalizar o uso do Instagram, por exemplo, é um desafio, já que é uma rede social que lucra com a venda de vidas perfeitas.

O Dilema das Redes tem alguns momentos meio sensacionalistas, mas a provocação num geral é válida e pertinente. Eu trabalho diretamente com conteúdo e redes sociais e dificilmente vou conseguir me afastar totalmente desse universo por conta disso, mas tenho tentado ser cada vez mais consciente no uso, tanto no que diz respeito ao tempo passado nas redes sociais quanto que tipo de conteúdo eu consumo nelas. Recomendo O Dilema das Redes pra todo mundo (profissional da comunicação/marketing ou não) que tenha interesse em entender mais sobre como esse universo de algoritmos, recomendações e anúncios funciona. Alguma reflexão o documentário vai te provocar.

Título original: The Social Dilemma
Ano de lançamento: 2020
Direção: Jeff Orlowski
Elenco: Tristan Harris, Jeff Seibert, Bailey Richardson, Joe Toscano, Sandy Parakilas, Guillaume Chaslot

Review: Kimetsu no Yaiba

Oi gente, como estão?

Depois de My Hero Academia, meu namorado conseguiu de novo: me indicou um anime e eu acabei fisgada! Estou falando do ótimo Kimetsu no Yaiba (também conhecido como Demon Slayer).

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Sinopse: Desde os tempos antigos, abundam os rumores de demônios devoradores de homens à espreita na floresta. Por causa disso, os moradores locais nunca se aventuram do lado de fora durante a noite. Diz a lenda que um matador de demônios também perambula pela noite, caçando esses demônios sanguinários. Para o jovem Tanjiro, esses rumores logo se tornarão sua dura realidade… Desde a morte de seu pai, Tanjiro assumiu a responsabilidade de sustentar sua família. Embora suas vidas possam ser endurecidas pela tragédia, eles encontraram a felicidade. Mas esse calor efêmero é destruído um dia quando Tanjiro encontra sua família abatida e o único sobrevivente, sua irmã Nezuko, se transformou em um demônio. Para sua surpresa, no entanto, Nezuko ainda mostra sinais de emoção humana e pensamento… Assim começa a busca de Tanjiro para lutar contra os demônios e transformar sua irmã humana novamente.

A primeira coisa que me chamou a atenção nesse anime foi o traço, que é lindo. Sabe quando você fica olhando encantada pros personagens e cenários? Foi assim que me senti no primeiro episódio. A qualidade técnica é impecável, a trilha sonora envolve e as cenas de ação têm muita fluidez e realmente captam a nossa atenção. Mas e a história, é tão boa quanto os aspectos técnicos?

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Sim! Em Kimetsu no Yaiba, acompanhamos a jornada do jovem Tanjiro em busca de uma cura para sua irmã, Nezuko, que foi transformada em um demônio. A fatalidade aconteceu após toda a família dos dois ser morta pela mesma criatura, mas Nezuko acabou sobrevivendo e tornando-se uma delas. Porém, inexplicavelmente, a jovem ainda consegue ter lampejos de sua humanidade e manter seu desejo por carne humana sob controle, o que motivou Tanjiro a encontrar uma forma de reverter o que aconteceu. Para isso, ele faz um treinamento intenso para se tornar um Exterminador de Demônios – uma organização dedicada a liquidar todos aqueles que colocam vidas humanas em risco. Após dois anos de extenuante treinamento, Tanjiro conquista o título e parte com Nezuko para diversas missões, onde faz novas amizades e conquista companheiros.

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Tanjiro é a estrela de Kimetsu no Yaiba. Em alguns aspectos, ele me lembra o Midoriya, de My Hero Academia: é muito dedicado, responsável e esbanja empatia, preocupando-se sempre com o bem das pessoas ao seu redor. Ele é um líder nato, de coração gigante e muito senso de responsabilidade (o que já era nítido quando sua família ainda estava viva, já que ele era o mais velho dos irmãos). Seus companheiros também são carismáticos (eu adoro os surtos explosivos do Inosuke e os momentos badass do Zenitsu – que nem sabe ainda de sua total capacidade) e Nezuko é uma fofa, ainda que tenha se destacado muito pouco na maior parte dessa primeira temporada.

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As batalhas são incríveis e muito boas de assistir. Uma das coisas de que mais gosto em Kimetsu no Yaiba é o fato de que Tanjiro não fica fodão da noite para o dia, usando do privilégio de protagonista. Ele treina MUITO e se esforça MUITO pra chegar aonde chegou e conseguir lutar contra os demônios que enfrenta, o que dá mais credibilidade à sua trajetória. Outro aspecto que torna essas batalhas mais interessantes é que diversos demônios que Tanjiro encontra pelo caminho têm motivos próprios para sofrer: eles também foram humanos um dia e muitos deles ainda carregam as dores de seu passado. Como crítica negativa, acho válido comentar que o vilão principal foi mal explorado, pelo menos na primeira temporada. Ele aparece somente uma vez e, apesar de demonstrar claramente sua capacidade de ser cruel, sua aparição até o momento não trouxe grande desenvolvimento para a história.

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Resumindo, Kimetsu no Yaiba é uma excelente opção de anime para quem já gosta do gênero, mas também pode ser sua porta de entrada para esse tipo de produção. Qualidade técnica, história envolvente (ainda que simples) e personagens carismáticos fazem de Kimetsu no Yaiba uma ótima aposta. Recomendo muito!

Título original: Kimetsu no Yaiba
Ano de lançamento: 2019
Direção: Haruo Sotozaki
Roteiro: Ufotable
Elenco: Natsuki Hanae, Akari Kitô, Yoshitsugu Matsuoka, Hiro Shimono, Takahiro Sakurai

Review: O Livro dos Personagens de Harry Potter

Oi gente, tudo bem? 😀

Há um tempo eu prometi um post mostrando mais dos livros especiais que falam sobre a produção dos filmes de Harry Potter e hoje finalmente vim (começar a) cumprir a promessa. 🙈

A primeira dessas edições incríveis que eu li foi O Livro dos Personagens de Harry Potter, cujo enfoque é trazer informações sobre os núcleos principais dos personagens da saga, então temos uma sessão dedicada aos Alunos de Hogwarts, aos Comensais da Morte, aos Professores e por aí vai. Em cada categoria, a obra explora detalhes da produção dos personagens ao longo dos filmes, e isso envolve a preparação dos atores, a produção do figurino, mudanças em relação aos livros, curiosidades técnicas e muito mais.

A edição em si é um capricho só. A capa é maravilhosa, as páginas são de gramatura mais grossinha e as fotos e ilustrações encantam. O livro é bem visual, então durante a leitura você provavelmente vai levar um bom tempo apreciando as imagens e os detalhes. É o tipo de obra que vai encantar os fãs, sem sombra de dúvidas! Se você puder, vale a pena ter na estante. ❤

E agora vou deixar as fotos falarem por mim! 😉

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Capa dura, design incrível e aplicações em verniz. ❤

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Detalhes da produção e alguns rascunhos de A Câmara Secreta à direita.

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Na parte do livro dedicada ao Harry, há detalhes sobre a varinha, figurinos e objetos utilizados pelo personagem, como a Capa da Invisibilidade.

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Claro que eu ia trazer uma foto da parte dedicada à melhor personagem da saga, né? ❤

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Um “mini-livrinho” que mostra detalhes do design das máscaras dos Comensais da Morte.

Gostaram dessa edição especial?
Querem mais posts assim, mostrando detalhes dos outros livros da coleção?

Beijos e até o próximo post. ❤

Review: Castlevania

Oi pessoal, tudo bem?

Apesar de não ter jogado os jogos que deram origem à série animada, eu assisti e adorei Castlevania, e hoje vim contar um pouquinho mais a respeito pra vocês. 😀

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Sinopse: Um caçador de vampiros luta para salvar uma cidade sitiada por um exército de criaturas controladas pelo próprio Drácula.

A trama se inicia após o temido conde Drácula, um vampiro poderoso, perder sua esposa, Lisa, que é queimada viva na fogueira por acusação de bruxaria – quando na realidade ela apenas ajudava os aldeões com seus conhecimentos em medicina. Convencido de que a humanidade é podre e não merece viver, Drácula libera suas criaturas infernais para exterminar todos os seres humanos. O fanfarrão Trevor Belmont, herdeiro e único membro vivo oriundo de uma família de caçadores de monstros, se opõe à destruição e, com a ajuda de Sypha Belnades (uma maga nômade), combate as criaturas. Após batalhas sangrentas, os dois decidem acordar e se aliar ao poderoso Alucard – meio-vampiro, meio-humano e filho de Dracula, que vê a atitude do pai como completamente insana.

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Castlevania é uma série curtinha, com apenas 2 temporadas (por enquanto) e episódios de cerca de 20 minutos. É uma ótima opção para maratonar, o que é facilitado pelo enredo envolvente e pelas cenas de batalha. O traço é lindíssimo, uma mistura de animações ocidentais com traços orientais. Porém, preciso criticar a animação propriamente dita: eu achei a movimentação dos personagens e suas expressões faciais muito “dura” e travada, sem a fluidez necessária para que eu sentisse naturalidade enquanto assistia. Na segunda temporada há uma melhora, mas na primeira isso me incomodou tanto que quase desisti da série hahaha! 🙈

A dinâmica do trio principal é muito divertida de acompanhar: Sypha é a voz da razão em meio às brigas infantis de Trevor e Alucard, que têm personalidades totalmente opostas. Enquanto o primeiro é malandro e fanfarrão, o segundo é discreto e racional. Entretanto, em batalha, os três se complementam e se protegem, tendo habilidades e conhecimentos únicos que os transformam em um time incrível. Mas é inegável que o personagem mais interessante (e crushante, plmdds) é Alucard, que precisa ir contra o próprio pai para honrar a memória da mãe; em sua opinião, a escolha de Drácula de dizimar a humanidade vai contra tudo o que Lisa acharia certo e, por isso, ele precisa ser impedido. Mas enfrentar essa situação não é fácil, afinal, Drácula é seu único parente e laço sanguíneo no mundo, o que torna o dilema muito mais pesado.

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Os vilões, infelizmente, não são tão interessantes, à exceção do próprio Drácula – que, na minha visão, é praticamente um anti-herói. Devastado pela perda do amor de sua vida, Drácula não foi capaz de seguir em frente. Entretanto, sua decisão de exterminar os seres humanos causou grande discordância entre os vampiros sob seu comando, gerando algumas intrigas políticas e traições ao longo da série. É difícil não torcer (nem que seja um pouquinho) para que Drácula seja bem-sucedido em sua vingança: a cena em que Lisa morre é de uma crueldade tão grande que fica um pouco mais fácil entender as motivações do vilão (não que exterminar inocentes por causa disso se justifique, mas a gente entende a revolta rs).

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Resumindo, Castlevania é uma ótima animação, com uma história bacana, cheia de ação e personagens carismáticos (alguns dublados por nomes de peso, como Richard Armitage e Graham McTavish, ambos de O Hobbit). Para quem gosta do universo do jogo ou simplesmente é fã de vampiros, vale a pena conferir.

Título original: Castlevania
Ano de lançamento: 2017
Direção: Sam Deats
Elenco: Richard Armitage, Graham McTavish, James Callis, Emily Swallow

Review: Fullmetal Alchemist Brotherhood

Oi pessoal, como estão?

Me dei conta de que nunca havia falado sobre um dos meus animes favoritos da vida aqui no blog! Trata-se de Fullmetal Alchemist Brotherhood, uma obra cuja trama é incrível e a produção é excelente. ❤ Vamos conhecer?

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Sinopse: Com seus corpos em péssimo estado, os irmãos Edward e Alphonse enfrentam forças sinistras para recuperá-los.

Fullmetal Alchemist Brotherhood é o segundo anime feito para adaptar o mangá Fullmetal Alchemist. A primeira versão acabou se distanciando bastante do material original – que ainda estava sendo publicado em paralelo – e eu optei por não assisti-la. Quando soube que haviam feito uma nova adaptação (e, dessa vez, fiel ao mangá), não perdi tempo em conferir e me tornei fã. ❤ Já assisti umas 2 ou 3 vezes desde então. Mas sobre o que é a história? Em um universo fictício, no qual a alquimia faz parte do dia a dia das pessoas, conhecemos os irmãos Elric, Edward e Alphonse. Após perder a mãe, os dois garotos tentaram uma transmutação proibida: a de trazer alguém de volta à vida. Contudo, além da empreitada não ter dado certo, eles sofreram perdas terríveis: Edward perdeu o braço e a perna, enquanto Alphonse perdeu seu corpo inteiro, tendo sua alma fixada em uma armadura. Isso aconteceu porque, na alquimia, existe o princípio básico da troca equivalente: para se obter algo, é preciso oferecer algo de mesmo valor. Após sofrerem esse baque, os dois irmãos decidem partir em busca da respostas para terem seus corpos de volta, acreditando que a lendária Pedra Filosofal possa ser a solução.

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Fullmetal Alchemist já tem uma premissa bastante séria e pesada, quando paramos para analisar que duas crianças órfãs tomam medidas desesperadas para ter a mãe de volta e acabam perdendo ainda mais no processo. Mas agora, adolescentes, Edward e Alphonse continuam enfrentando desafios enormes em suas jornadas. O irmão mais velho, Ed, é membro do exército, que comanda o seu país, de modo a ter recursos financeiros e conexões importantes para auxiliá-los em sua busca por um modo de reaver seus corpos. Contudo, os irmãos Elric vão descobrindo em suas missões que o exército esconde muito mais segredos do que eles imaginavam. Com o passar dos episódios, Ed e Al vão fazendo novos amigos, que desejam ajudá-los a recuperar seus corpos, e também inimigos perigosos, como os homúnculos. Criaturas aparentemente imortais, com capacidade regenerativa acelerada e habilidades sobre-humanas, os homúnculos parecem pessoas normais, porém são feitos artificialmente usando… a Pedra Filosofal. Obviamente, Ed e Al ficam ainda mais intrigados por esse fato, e o caminho dos dois se cruza com o dos homúnculos por diversas vezes.

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Com o passar dos episódios, o espectador vai ficando cada vez mais envolvido com a trama. Fullmetal Alchemist Brotherhood tem cenas incríveis de batalha, mas o anime vai muito além disso. As intrigas políticas, as mentiras, o medo e a desconfiança são constantes, especialmente quando percebemos que ninguém está de fato seguro. Existem episódios MUITO tristes logo no início do anime, mostrando que ele não poupa personagens e que as consequências das intrigas são severas. Por outro lado, o apoio que os irmãos recebem de diversos personagens ao longo do caminho também é comovente, de um jeito que aquece o coração. Existem muitas pessoas incríveis no caminho dos irmãos, que fornecem apoio emocional das mais diferentes maneiras. Esse é outro trunfo do anime: todos os personagens que surgem ao longo da história têm um propósito e são bem desenvolvidos, assim como suas relações interpessoais; e, mesmo quando você acha que alguém sumiu e não vai mais aparecer, o anime consegue fazer com que esse indivíduo tenha importância.

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Além de todas as qualidades da trama, que é excelente, os aspectos técnicos também são sensacionais. A animação é maravilhosa, as cores e traços são lindos e as cenas de batalha são fluidas. E o que dizer da trilha sonora? Eu dificilmente pulo as openings e endings, porque são ótimas e cheias de feeling. Muitas das canções do anime já foram parar na minha playlist, e olha que eu não sou a maior fã de j-music do mundo!

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Resumindo, Fullmetal Alchemist Brotherhood é um anime imperdível. Se você nunca teve contato com o gênero, é uma ótima sugestão para começar. Em primeiro lugar, a trama é de GRANDE qualidade, envolvente e bem desenvolvida. Em segundo, os personagens são cativantes e verossímeis, com objetivos, dores e sentimentos próprios. Em terceiro, o anime não é sexualmente apelativo (um defeito que encontro em muitas produções shounen por aí). E, por último, é uma produção de qualidade técnica inegável. E tem na Netflix, hein? Vale a pena dar uma chance e se apaixonar pela trajetória dos irmãos Elric. 😉

Título original: Hagane no Renkinjutsushi
Ano de lançamento: 2009
Direção: Yasuhiro Irie
Roteiro: Hiroshi Ōnogi
Elenco: Romi Paku, Rie Kugimiya, Shin-ichiro Miki, Kenta Miyake, Fumiko Orikasa, Megumi Takamoto