Review: Na Sua Casa ou Na Minha?

Oi gente, tudo bem?

Não é à toa que Na Sua Casa ou Na Minha? ficou no Top 10 Filmes da Netflix por vários dias: que comédia romântica gostosa, gente! ❤ Se você também tava com saudade de um filme que realmente suprisse essa categoria, continue lendo porque essa dica vale a pena.

Sinopse: Grandes amigos e totalmente opostos, Debbie e Peter trocam de casa por uma semana. Será que essa experiência vai abrir as portas para o amor?

Eu costumo dar meu voto de confiança ao que é produzido pela Reese Whiterspoon porque adoro muitas das séries e filmes dela, então isso somado ao buzz em torno do seu novo longa me fizeram dar o play com bastante empolgação em Na Sua Casa ou na Minha?. O filme nos apresenta a Debbie e Peter, dois melhores amigos que se conhecem desde os 20 e poucos anos, quando dormiram juntos, mas cujo relacionamento não evoluiu para a esfera amorosa e se transformou em uma amizade sólida e duradoura. Isso já me surpreendeu, porque o título e o pôster me induziram a pensar que o longa seria algo mais relacionado ao clichê de friends with benefits. Debbie é divorciada, mora em Los Angeles com o filho (Jack) e abandonou o sonho de ser uma editora literária pra focar em uma carreira como contadora – uma opção mais segura e estável para manter sua família. Peter mora em Nova York e nunca alcançou o antigo sonho de ser escritor, trabalhando como um bem-sucedido profissional de branding. Quando Debbie precisa fazer um curso em NY mas não tem ninguém com quem deixar Jack, Peter se oferece pra passar a semana na casa dela como babá, oferecendo seu apartamento no Brooklyn pra Debbie se hospedar. A semana na qual eles trocam de casas vira a rotina dos dois de cabeça pra baixo, e eles passam a descobrir detalhes sobre o outro que nem 20 anos de amizade foram capazes de desvendar.

Na Sua Casa ou Na Minha? conseguiu a façanha de fazer com que os dois plots fossem cativantes, na minha opinião. Eu adorei ver Ashton Kutcher no papel de novo “parceiro no crime” de Jack, tentando se aproximar do garoto, dando conselhos pra ele se enturmar na escola (com conselhos bem ruins, admito) e levando ele pro mau caminho alimentar. 😂 Peter é um personagem que a princípio parece raso – é o estereótipo de bonitão que nunca namora alguém por muito tempo –, mas durante sua estada na casa de Debbie vamos entendendo o porquê dele manter essa “fachada”. É nítido o ciúme que ele sente do vizinho de sua amiga, especialmente quando ele descobre que existe uma amizade colorida rolando ali (afinal, Debbie não tá morta, né?). O espectador percebe sem demora que Peter é apaixonado por Debbie, mas não fica claro o motivo pelo qual esse sentimento nunca veio à tona e porque ele nunca tentou nada com ela ao longo de duas décadas, especialmente quando lembramos que o primeiro encontro deles foi sexual. Por que ele deu um ghosting na Debbie pra não terem mais nenhum date e depois se tornou amigo dela? O filme explica isso, mas leva um tempinho. Aliás, aproveitando esse gancho, eis uma das críticas negativas que tenho em relação à produção: sua duração é mais longa do que precisava ser.

Retornando à história… Em Nova York, Debbie se depara com a vida de luxo do amigo, completamente diferente da sua. Só que, apesar do dinheiro, Peter vive uma vida solitária – seu apartamento não tem um toque pessoal, uma decoração, um aconchego, nada. Os copos têm até etiqueta de preço! Debbie acaba fazendo amizade com a vizinha de Peter (e ex-peguete dele), Minka, que é uma personagem com intuito de ser um alívio cômico pra história. Eu acho ela um pouco forçada (quem é que fica tão bff de alguém assim tão rápido, gente?), mas sua índole é boa e ela tenta dar empurrõezinhos bem-vindos em Debbie, então dá pra relevar. Também é bacana a vibe “girls taking New York” das duas. 😂 Durante sua semana na cidade, Debbie conhece e se relaciona brevemente com um editor famoso, o que a possibilita entrar em contato com o mundo literário, que sempre foi seu grande sonho; porém, assim como Peter, Debbie também precisa enfrentar seus verdadeiros sentimentos e tomar decisões importantes se quiser ser verdadeiramente feliz e honesta consigo mesma.

É muito bacana assistir uma comédia romântica com personagens mais velhos e com preocupações relacionadas a coisas além do amor, como a carreira, por exemplo. Tanto Debbie quanto Peter deixaram sonhos pra trás devido às obrigações da vida e às necessidades que surgiram, mas ao mesmo tempo o longa também traz a esperança de que nunca é tarde pra recomeçar: seja vivendo seu grande amor ou recalculando a rota da sua profissão. Eu tô chegando nos 30, gente, então esse tipo de história ressoa forte por aqui. 😂 Gosto de ser impactada por tramas que mostrem que nossos sonhos podem ser realizados em diversos momentos da vida, e que não temos só a casa dos 20 pra realizarmos todas as nossas conquistas pessoais, como muitas das produções hollywoodianas tentam vender.

Na Sua Casa ou Na Minha? é um filme que entrega uma dupla de protagonistas carismáticos, pelos quais a gente torce individualmente e também shippa muito como casal. Além disso, a história de ambos é envolvente em cada uma das cidades, e o filme consegue construir um romance mesmo com os personagens a km de distância e mal interagindo um com o outro. A trama faz com que o espectador acredite na história da amizade deles e, consequentemente, no amor que sempre esteve ali. Então se você procura uma boa comédia romântica e um casal de quem gostar, esse filme é a escolha certa. ❤

Título original: Your Place or Mine
Ano de lançamento: 2023
Direção: Aline Brosh McKenna
Elenco: Reese Witherspoon, Ashton Kutcher, Zoe Chao, Jesse Williams, Wesley Kimmel, Tig Notaro, Steve Zahn

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8 comentários sobre “Review: Na Sua Casa ou Na Minha?

  1. Olá,
    Eu estava esperando o hype baixar um pouco pra assistir. Ainda mais que o último filme que assisti do Ashton a experiência não foi muito boa. hahaha
    Mas adorei a personagem da Reese só lendo a review. E também ando preferindo essas coisas de realizações tardias. Cada um tem seu tempo e acho muito válido as produções começarem a explorar isso.

    Gostei que foi dirigido por uma mulher.
    Dá pra colocar no meu desafio da Letterboxd. 😀

    até mais,
    Canto Cultzíneo

  2. Oie, tudo bem?
    Eu vi esse filme justamente pelos atores que amo demais e lembra muito a minha infância assistindo sessão da tarde. Ao mesmo tempo que a Debbie é controladora o Peter é largado e essa combinação foi ótima. Confesso que o romance entre os personagens deixou um pouco a desejar no final, não senti que rolou como deveria (não consigo explicar). Essa questão da idade que você comentou é muito importante e isso ser mostrado nos filmes pode ajudar aqueles que se limitam a idade para viver novas aventuras.

    Até mais
    https://www.relatosdalih.com.br/

  3. Oi Priih! Eu vi tantos filmes com esse atores e fiquei bem feliz de termos essa novidade em comédia romântica com ambos. Eu curto vários gêneros de filmes, mas as comédias românticas tem lugar especial no meu coração.

    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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