Oi galera, tudo bem?
Hoje vim compartilhar com vocês minhas percepções a respeito de Morte no Verão, um livro policial de estilo noir.
Sinopse: Em uma sufocante tarde de verão em Dublin, o magnata Richard Jewell – conhecido por seus inúmeros inimigos como Diamond Dick – é encontrado com a cabeça estourada por um tiro de espingarda. Jewell era o proprietário de grande parte dos veículos de imprensa do país e diretor do sensacionalista Daily Clarion, o jornal de maior vendagem da capital. Embora tudo leve a crer que tenha sido suicídio, os jornais, por convenção, não mencionam essa possibilidade. Caberá então ao detetive inspetor Hackett tocar as investigações, nas quais irá contar com a ajuda de seu velho amigo, o patologista Garret Quirke.
O que é literatura noir, para início de conversa? Segundo a biblioteca da PUCRS, ela “se caracteriza por apresentar histórias que misturam terror, mistério e elementos policiais, detetives e investigações que vão além dos conhecimentos de investigação criminal.” Na prática, o que eu senti é que é uma narrativa mais lenta, focada nas reflexões dos personagens, com uma ambientação urbana e “pálida”. Morte no Verão se passa na Dublin dos anos 50 e acompanha a investigação da morte de um magnata que aparentemente se suicidou na sua casa de campo. Quando o detetive inspetor Hackett encontra o corpo, ele percebe que, apesar da tentativa de forjar o suicídio, provavelmente trata-se de um homicídio. Então Garret Quirke (um médico forense com quem ele já trabalhou antes) é acionado, sendo ele o verdadeiro protagonista da obra.
Desde o início do livro, especialmente após a chegada de Quirke, senti que a narrativa contava com elementos prévios que eu não conhecia. Fui para o Google e bingo: trata-se do quarto livro de uma série, e nos volumes anteriores provavelmente é explicada a parceria entre Quirke e Hackett, bem como a notoriedade que o primeiro ganhou nos últimos anos. Infelizmente minha leitura foi bastante prejudicada por isso, mas foi desatenção de minha parte ao solicitar o livro à editora sem conferir previamente se era um volume único ou não.
A narrativa é bastante vagarosa e foca pouquíssimo na investigação policial; entretanto, quando isso acontece, temos as melhores passagens da obra. No geral, acompanhamos o relacionamento de Quirke com sua filha, de quem ele não era muito próximo, e também sua atração pela viúva da vítima, com quem ele passa a ter um caso. A ênfase da história reside na descrição de cenários e das sensações dos personagens, sendo também um livro com uma narrativa um pouco mais rebuscada e metafórica. A vantagem disso é que Morte no Verão me ajudou a expandir meu vocabulário, e fazia tempo que um livro não me proporcionava essa experiência.
Eu esperava mais do final: a resolução do caso é clichê e bastante insossa. Como comentei anteriormente, a investigação não é o que chama a atenção na obra e, pra falar a verdade, não teve nenhum elemento que realmente tenha me conquistado. Os personagens não são carismáticos, você não torce por nenhum deles e não houve conexão entre mim e a obra. Provavelmente o ponto que mais influenciou nisso foi pegar o bonde andando mesmo: Morte no Verão é o tipo de livro que tem início, meio e fim, mas que precisa do background apresentado nos volumes anteriores pra compreensão plena dos personagens.
Apesar de eu amar livros policiais, Morte no Verão não conseguiu me cativar. Parte dessa constatação eu já expliquei no parágrafo anterior, mas outra parte reside no fato de que a obra não me provocou absolutamente nenhum sentimento: nem curiosidade pela investigação e nem afeição pelos personagens (o que me prende à série Cormoran Strike, por exemplo, mesmo quando a investigação não é tão boa). Não recomendo a obra como porta de entrada pra série mas, se você acompanhou os livros anteriores, talvez sua experiência seja diferente da minha. 🙂
Título original: A Death in Summer
Autor: Benjamin Black
Editora: Rocco
Número de páginas: 256
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Oi, Pri como vai? Que pena que a leitura do livro não te cativou de modo geral. De todo modo, talvez pelo fato de você não ter acompanhado os livros anteriores tenha contribuido negativamente para isso ocorrer. A mistura de esses gêneros literários tem de ser bem feita, senão a narrativa corre o risco de não funcionar. Me parece que foi o caso deste livro. Terror com elementos policiais são sempre um atrativo a mais em um livro, desde que, sejam bem amarrados e elaborados. Sua resenha ficou incrível. Parabéns! Adorei poder ler uma análise tão bem fundamentada. Abraço!
https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Acho que essa é a primeira vez que leio sobre esse gênero, é uma pena que a leitura tenha sido tão vagarosa e decepcionante. Acho que a proposta poderia ter sido melhor aproveitada. Ótima resenha ♥
Beijos
http://www.leiapop.com/
Já ouvi falar sobre esse gênero, mas confesso que não sabia do que se tratava muito bem, até ler seu post. Gosto de livros policiais, acho que seria interessante ler algo no estilo noir, porém, a leitura talvez fosse desgastante, por ser uma narrativa mais ‘parada’, como você bem descreve. Uma pena esse título não ter sido uma ótima leitura, mas os motivos foram muito bem elencados, pra quem é curioso sobre a série ou sobre o gênero, já vai saber por onde começar ou o que esperar ><
Abraços
https://monautrecote.blogspot.com/
pena que o livro nao é assim tão interessante, gostei de saber que esse estilo chama noir
http://www.tofucolorido.com.br
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Oi, Priih!
Que pena que o autor não aproveitou totalmente o potencial da história 😦 ainda mais se tratando e uma investigação policial, é de se esperar que o leitor fique ao menos curioso com o desfecho do caso, e se o autor não conseguiu provocar esse sentimento, não tem mesmo como a obra agradar. A premissa parecia boa!
xx Carol
https://caverna-literaria.blogspot.com/
Oiii Prih
Eu também adoro livros policiais, mas esse não me chama a atenção, até porque o foco nem está na investigação. Não conseguir conectar com os personagens também é bem complicado. Acho que não leria esse livro não.
Beijos, Ivy
http://www.derepentenoultimolivro.com
Oii, como vai?
Por mais que pareça um livro até bom, como por conta da investigação, não leria no momento porque não me cativou e olha que gosto muito de histórias noir.
Já cometi esse erro de ler um livro sem saber que fazia parte de uma série e por isso sei como isso nos prejudica durante a leitura, o que é uma pena.
Abraço ♥,
Larissa – Blog: Parágrafo Cult
Oi Pri, tudo bem?
Confesso que gosto muito de filmes e séries policiais, mas os livros não funcionam tão bem comigo. Pela sua resenha, acredito que ia me incomodar o fato da história demorar um pouco para engrenar e que o final insosso me deixaria bem chateada (rs…).
Além disso, pegar a série no meio sem saber como alguns relacionamentos que compõem o enredo foram construidos, ia me deixar bem perdida também.
Beijos e um ótimo final de semana;*
Ariane Reis | Blog My Dear Library.
Oi, Priih
Que pena que o livro não funcionou tão bem com você. Realmente muita coisa se perde ao não começar a série do começo e o envolvimento com os personagens fidca bem prejudicado. Eu nem tinha visto esse livro por aí, é a primeira vez que li algo sobre ele. Vou procurar saber sobre os outros, pois gosto bastante dessa pegada Hitchcock.
Beijos
– Tami
https://www.meuepilogo.com
Olá,
Eu não conhecia a série, mas o nome do autor não é estranho. haha
Eu gosto de assistir filmes com pegada noir, mas livros nunca tiveuma experiência. Deve ser interessante.
Uma pena que a construção não funciona tão bem com o lado mais emotivo. Também odeio descobrir que livros fazem parte de série no meio da leitura.
até mais,
Canto Cultzíneo
Olá, Priih.
Antigamente dava para se contar nos dedos de uma mão os gênero literários. Hoje em dia são tantos subgêneros que a gente fica até perdido hehe. Esse nunca tinha ouvido falar. E se forem todos os livros como esse que você resenhou não vou querer ler nenhum hehe.
Prefácio
Esse livro tinha tudo para ser bom, mas acabou não me cativando também. O final para mim foi bem inconclusivo e não vi exatamente uma investigação ali. As coisas ficaram do mesmo jeito e não aconteceu nada de especial o livro todo.
Abraço
Imersão Literária
Oi Priih,
Que pena que a obra não te cativou!
Eu acho interessante quando um livro tem um estilo tão visual quanto o ‘noir’, fico pensando se tudo realmente acontece em preto e branco dentro da cabeça do leitor (não que noir signifique preto e branco, não sei se é, mas o engraçado é que isso veio na minha cebeça quando li a palavra, kkkkkkkkk).
Acho que vou deixar passar já que não te envolveu….
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Eu tive pouco contato com a leitura em estilo noir e gostei. Mas acho que o que me fez olhar pelo lado positivo foi pegar o bonde do começo… Ler um livro que já começou lá atrás é bem complicado, especialmente para se prender à estória. Uma pena que não deu certo para você. =/
Bjks!
Mundinho da Hanna
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Amei a resenha. Eu gosto muito de livros de investigações, mas tenho agonia quando aparece bem pouco.
A capa desse livro é linda, amei.
beijos
Olá! Eu amei essa capa e gosto de livros que abordam diversos temas e gêneros num mesmo livro. Acho diferente e muito bacana. Gostei muito da sua resenha e pena que não curtiu tanto quanto gostaria, a história muitas vezes não consegue nos prender tanto.
Beijocas.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
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