Resenha: Sailor Moon – Naoko Takeuchi

Oi gente, tudo bem?

Mês passado eu terminei de ler um clássico que fez parte da infância de muita gente em sua versão animada: Sailor Moon! 😀 E hoje eu conto pra vocês o que achei desse mangá!

sailor moon capa

Sinopse: Usagi é uma ginasial de 14 anos. Como muitas meninas de sua idade, é desastrada, distraída e um tanto preguiçosa. Em um encontro, aparentemente ao acaso, a jovem acaba conhecendo uma gatinha falante e, através dela, descobre ser dona de incríveis poderes. Por conta disso, acaba recebendo uma grande missão! Agora ela terá de encontrar suas companheiras, descobrir se o mascarado que ela acha lindo é amigo ou inimigo e proteger uma princesa, mas nada disso é tão difícil para ela do que acordar cedo para ir para a escola! Será que ela consegue?

Sailor Moon é um típico shoujo, mangá voltado ao público feminino. Conta a história de Usagi Tsukino, uma garota de 14 anos que descobre ter poderes especiais, transformando-se em Sailor Moon, a guerreira da lua. Enquanto aprende a lidar com suas novas habilidades e responsabilidades, ela é guiada pela gatinha falante Luna e, aos poucos, vai descobrindo suas companheiras: Sailor Mercury, Sailor Mars, Sailor Jupiter e Sailor Venus.

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O mangá é dividido em 5 arcos, e cada um deles tem um vilão que ameaça a paz na Terra. São eles: Dark Kingdom (meu favorito!), Black Moon, Death Busters/Arautos da Destruição (ótimo arco também!), Dead Moon, Sombra Galáctica (pior arco de todos). Inicialmente, nos primeiros volumes do mangá, o leitor acompanha a construção da amizade das guerreiras sailor e é revelado que as atuais garotas são reencarnações das guerreiras que viviam no Milênio de Prata, o reino da Lua. A Princessa Serenity (real identidade de Usagi), da Lua, e o príncipe Mamoru, da Terra, se apaixonaram, mas a ganância da Rainha Beryl em dominar o Milênio de Prata provocou sua destruição e a morte da princesa, do príncipe e das guerreiras. Com o passar das edições, vemos as amigas cada vez mais unidas, enfrentando cada inimigo que surge: Rainha Beryl, que retorna em busca de vingança, Wiseman, Pharaoh 90, Rainha Nehelenia,  Sailor Galáxia e Chaos.

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É complicado falar sobre cada arco sem soltar spoilers, então vou comentar alguns pontos sobre a série em geral. Sailor Moon é um mangá que se baseia no amor e na amizade. Usagi e Mamoru são perdidamente apaixonados, mas a amizade de Usagi e as meninas (Ami, Rei, Makoto e Minako) é um dos maiores pilares da série. Elas se apoiam mutuamente, se sacrificam uma pela outra e se dedicam totalmente à sua missão. Depois do primeiro arco, novas guerreiras vão surgindo e o vínculo vai ficando cada vez mais forte, pois o intuito de todas elas é proteger a Princesa do Reino da Lua (Usagi/Serenity). Esses laços indestrutíveis entre as guerreiras sailor são o ponto forte do mangá, muito mais do que as batalhas (que, na verdade, são um pouco monótonas…). Outra coisa bacana é que a autora não se preocupa muito em delimitar o gênero de várias de suas personagens. Temos vários exemplos de guerreiras que, quando não transformadas, preferem se vestir como meninos, por exemplo. Há também relacionamentos amorosos entre elas (o namoro entre Michiru, a Sailor Neptune, e Haruka, a Sailor Uranus, é claro). Essa fluidez acontece com frequência em diversos mangás, e Sailor Moon é um deles.

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Mas, não posso negar, tem algumas coisas bem toscas em Sailor Moon. A primeira delas é o nome das mulheres do Milênio de Prata. A mãe de Usagi se chamava Rainha Serenity. A Usagi era a Princesa Serenity, que depois se tornou a Nova Rainha Serenity. A filha de Usagi com Mamoru se chama Usagi Small Lady Serenity. Serenity por acaso é sobrenome agora??? Desculpem, eu precisava desabafar, isso me incomodou a leitura inteira HAHAHA! Outro aspecto negativo do mangá é o último arco: enquanto os primeiros eram bem coerentes, com acontecimentos que iam se conectando e somando à história, no último a Naoko Takeuchi simplesmente decidiu colocar MIL informações novas que nunca tinham sido mencionadas de maneira atropelada e em pouquíssimas edições (acho que o último arco se desenvolve todinho em apenas dois volumes do mangá). Personagens e histórias sobre o “universo sailor” aparecem repentinamente com um desenvolvimento extremamente precário e superficial. Infelizmente, foi uma péssima maneira para encerrar o mangá.

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Sailor Moon é um mangá fofo, nostálgico, cheio de personagens queridas (algumas mal têm falas, diga-se de passagem), mas talvez não agrade todo mundo. A história não é imperdível, extremamente bem construída nem uma obra-prima sem igual, já que existem muitos mangás com proposta semelhante por aí. Contudo, Sailor Moon foi uma obra que inspirou e deu origem a muitas dessas novas histórias sobre guerreiras mágicas. É um clássico de respeito e, pra quem cresceu assistindo ao anime e se identificava com toda a magia da história, é impossível não se emocionar lendo essa série. Eu lembro de desenhar Sailor Moon nos meus cadernos quando eu ainda estava no Ensino Fundamental, sabem? 😛 Então fiquei muito feliz de finalmente ter acesso a essa série aqui no Brasil. Pra quem gosta do estilo clássico dos shoujos ou já curtia Sailor Moon, a leitura é obrigatória!

Título original: Pretty Guardian Sailor Moon
Autor: Naoko Takeuchi
Editora: JBC
Volumes: 12
Número de páginas (por volume): cerca de 200 + 6 coloridas

25 comentários sobre “Resenha: Sailor Moon – Naoko Takeuchi

  1. Eu adorava o anime – baixei o mangá na época da internet discada – cada página demorava uma vida mas eu era apaixonada pela história e até hoje acho linda a delicadeza dos traços

  2. Oi Priih!

    Amei este post! Eu adoro Sailor Moon, tanto a antiga animação quanto a nova. Ainda não terminei de ler o mangá, mas dá pra entender porque a autora é a mãe do Mahō shōjo, com questões bem interessantes abordadas com a do gênero. O tosco, bem, a gente finge que não viu rsrsrsrsrsrs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

  3. Oi, Priih.
    Sua postagem me lembrou da minha infância, quando via desenhos animados desse tipo, como Dragon Ball, Shurato, Cavaleiros do Zodíaco e, se não me engano, vi esse também.
    Esse que você resenhou não me agradou muito, até porque parece voltado para o público feminino.
    Além disso, você apresentou alguns detalhes negativos que reforçaram a minha ideia de que esse livro não é pra mim haha.
    Abraço.
    http://diegomorais18.blogspot.com/

  4. Pingback: Resenha: Sailor Moon – Naoko Takeuchi — Infinitas Vidas | Arwen Releituras

  5. Oie Pri =)

    Sailor Moon <3! Apenas muito amor em um post só. Depois de Cavaleiros do Zodíaco nenhum anime/mangá é tão nostálgico como eles.

    Ler seu post me deixou com vontade de rever o anime e reler os mangás agora <3. Como faz?

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias…
    @mydearlibrary

  6. Olá, Priih.
    Eu amava o anime. Não saia de casa na hora de jeito nenhum, não perdia nenhum episódio. E olha que eu não era mais nenhum criancinha hehe. Mas ainda assim eu não tenho vontade de conferir o mangá. Acho que Serenity dever ser o correspondente a Maria lá deles hehe.

    Blog Prefácio

  7. Oi, Pri

    Eu nunca li um mangá, sabia? Eu não curto muito. Sabe que não assisti ao desenho? Quando eu era criança curtia Caverna do Dragão, Cavalo de Fogo, Thunder Cats, He-Man, Power Rangers…
    Tem uma Sailor Earth? Hahaha
    Acho que o primeiro anime que eu assisti foi Yu-Gi-Oh e gostei bastante. É anime, né? Confesso que sou bem leiga quando o assunto é anime, dorama, e os outros ama que existem! Hahaha

    Beijos
    – Tami
    http://www.meuepilogo.com

  8. Oi, Priih! Tudo bem??
    Agora eu não sei se eu já li o mangá ou se assisti o anime, mas que eu conheço, conheço rsrs Quando eu tinha lá meus 13 anos eu era muuuito viciada em qualquer tipo de anime que me apresentavam kkkk Hoje não tenho mt tempo, mas gosto de alguns. O que marcou mesmo a minha infância, minha vida foi InuYasha. Mt kawaiiiiii! Bjs,

    http://www.estranhoscomoeu.com

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